O mercado brasileiro de trigo teve mais uma semana de poucos negócios. Pressionados pelo cenário fundamental de ampla oferta global, os preços internos caíram.

Contribui para a retração, também, a dificuldade dos exportadores de fecharem negócios vantajosos, uma vez que o trigo russo inunda o mercado internacional a preços bastante agressivos.

Bem abastecida, a indústria aproveita esse cenário para pedir preços mais baixos. Os produtores, em desvantagem, seguem reticentes em negociar, esperando para momentos mais atrativos, em especial após a colheita das safras de verão.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, tradicionalmente, essa época do ano é de excesso de oferta no Brasil. O quadro é potencializado pela safra recorde colhida em 2022. Importante lembrar que a próxima colheita ocorre apenas no final do ano, portanto, a indústria deve organizar suas compras no mercado interno e internacional, considerando que o principal fornecedor estrangeiro de trigo para o Brasil é a Argentina, que vem de uma quebra expressiva e deve exportar significativamente menos nesta temporada.

“Com a válvula de escape do mercado externo fechada, o mercado gaúcho olha para as alternativas dentro das fronteiras nacionais”, disse. Vender para o Paraná é ainda menos atrativo. “Com a iminente entrada da safra de verão parece pouco provável uma inversão dessa pressão de baixa do mercado”, pontuou o analista. Os preços devem seguir pressionados até meados de março, pelo menos.

Fonte: Agência Safras



 

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