OFERTA E DEMANDA MUNDIAL

A nova estimativa de O&D do USDA para o algodão da safra 22/23 trouxe reajuste negativo na produção global, que ficou em 24,90 milhões de toneladas (t), 0,88% inferior ao divulgado no relatório passado e 1,15% menor do que o total produzido na safra 21/22. Esse recuo foi reflexo, principalmente, da diminuição de 16,22% na produção dos EUA (principal produtor mundial), devido às adversidades climáticas que comprometeram as lavouras do país. Já o consumo mundial da fibra exibiu redução de 5,71% em relação à safra passada, estimado em 24,09 milhões de t, pautado pelas incertezas quanto à economia global, que são um ponto de atenção para o mercado da pluma, visto que a demanda por algodão é mais sensível em relação às outras commodities, por ser considerado um bem não essencial. Por fim, os estoques finais ficaram em 19,40 milhões de toneladas de pluma.

Confira os destaques do boletim:

BAIXA: com a desaceleração da inflação americana em ritmo lento, o que indica juros altos por mais tempo, o contrato de jul/23 na bolsa de NY reagiu negativamente na média semanal.

QUEDA: acompanhando o cenário externo baixista, a paridade de jul/23 exibiu recuo de 2,03% no comparativo semanal, precificada na média de R$ 156,04/@.

REAÇÃO: o caroço de algodão disponível voltou a apresentar alta em Mato Grosso após um longo período de baixa, precificado na média de R$ 1.264,06/t na semana.

A semeadura do algodão avançou 14,54 p.p. na semana passada em Mato Grosso

Desse modo, até a última sexta-feira (17/02), 96,17% da área total estimada para a safra 22/23 foi semeada no estado, atraso de 2,54 p.p. ante o mesmo período da safra passada. Em relação às regiões, as centro-sul e noroeste se destacam, com 99,70% e 99,35% de suas áreas já semeadas, respectivamente. Vale destacar que o menor registro de chuvas nas últimas duas semanas foi fundamental para que o ritmo dos trabalhos a campo acelerasse, fazendo com que a safra atual se aproximasse da média dos últimos anos. Apesar disso, mesmo com a finalização da semeadura indicando aproximação com as últimas safras, as áreas semeadas dentro da janela ideal (até 31/01) foram inferiores a 60,00%, devido ao atraso na colheita da soja no estado. Assim, as áreas semeadas após esse período têm maior risco quanto ao desenvolvimento produtivo da pluma, uma vez que a escassez hídrica no estado, historicamente, tem início no mês de maio.

Fonte: Boletim semanal n° 662 – Algodão – IMEA



 

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