A área cultivada de milho é de 810.380 hectares. A produtividade foi recalculada em 4.440 kg/ha, representando redução de 39,49% em relação à projeção inicial.
A produtividade foi afetada pela insuficiência de umidade nos meses de verão, que culminou com o período reprodutivo das lavouras. Nos casos de maior restrição hídrica, as fases vegetativas foram afetadas, inviabilizando a produção.
O período de 06 a 12/03 foi mais seco do que os dois anteriores. Em decorrência dessas condições climáticas, alguns cultivos em safrinha já demonstraram sintomas de restrição de umidade. A colheita teve prosseguimento e alcançou 68% da área cultivada.
Em termos fitossanitários, houve prosseguimento no monitoramento e no controle das cigarrinhas do milho e da lagarta do cartucho nas lavouras em safrinha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a área cultivada é de 56.720 hectares. A estimativa de produtividade atual é de 2.312 kg/ha, sendo 57,91% inferior à inicial. Em Aceguá, a insuficiência de chuvas em março já afeta as lavouras implantadas em janeiro e fevereiro, que ainda se encontram em fase vegetativa. Além de não haver condições para a realização dos tratos culturais, já se observa a morte de plantas ou o crescimento muito limitado em várias áreas, as quais estão sendo abandonadas pelos produtores ou usadas para alimentação animal. Na Fronteira Oeste, a colheita foi praticamente concluída, e as lavouras restantes estão em fase de maturação. Os produtores de Maçambará já estão em busca de recursos via financiamentos bancários para implantação da cultura na próxima safra.
Na de Caxias do Sul, são 97.060 hectares cultivados. A produtividade é de 6.781 kg/ha, com redução de 13,85% em comparação à avaliação inicial. A área colhida é pouco superior a 10%, e o rendimento de grãos é muito variável, dependendo da localização e do consequente volume de chuvas durante o desenvolvimento da cultura. Enquanto em algumas áreas o rendimento decaiu para 1.800 kg/ha, em outras superou 9.000 kg/ha. Na de Erechim, os cultivos totalizam 49.500 hectares. A estimativa de produtividade é de 4.904 kg/ha, representando redução de 48,36% na projetada. Estão 10% em fase de floração/pendoamento, 10% em enchimento de grãos e 80% foram colhidos.
Na de Frederico Westphalen, a área de cultivo é de 88.459 hectares. A estimativa de produtividade é de 3.993 kg/ha, consistindo em 50,54% de perdas. Cerca de 90% das lavouras foram colhidas; as remanescentes estão 3% em desenvolvimento vegetativo; em enchimento de grãos, 1%; e em maturação, 6%.
Na de Ijuí, a área de cultivo é de 83.549 hectares. A produtividade é de 5.150 kg/ha, o que corresponde a uma redução de 44,05% da estimada. A colheita está em finalização, e a operação está encerrada em vários municípios. Os rendimentos apresentam grande variabilidade entre as lavouras em razão do volume de precipitação, da época de semeadura, da tecnologia empregada e do manejo do solo utilizado. As pequenas áreas de milho de segundo cultivo não apresentam, no momento, sintomas de estresse hídrico, mas representam área pouco expressiva.
Na de Passo Fundo, a área de cultivo é de 73.730 hectares. A produtividade é de 5.824 kg/ha, representando uma redução de 37,18% da projeção inicial. Cerca de 5% dos cultivos estão em maturação fisiológica; 30%, maduros e por colher; e 65% foram colhidos.
Na de Pelotas, a área de cultivo é de 47.537 hectares, e a produtividade é de 2.326 kg/ha, significando redução de 53,47% em relação à expectativa inicial. As chuvas irregulares durante o período beneficiaram uma região menor. Contudo, 42% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos; 22%, em floração; e 11%, em desenvolvimento vegetativo, mas ainda afetadas pela insuficiência hídrica. A produção já está definida em 10% das lavouras que estão maduras e em 15% colhidas.
Na de Santa Rosa, a área de cultivo é de 120.317 hectares. A produtividade é de 4.928 kg/ha, representando redução de 40,26% na comparação com a estimativa projetada. A colheita foi efetuada em 87% das lavouras; 10% estão em fase de desenvolvimento vegetativo; 2%, em floração/pendoamento; e 1% está em final de maturação. As chuvas ocorridas no início de março foram muito importantes para as lavouras de milho safrinha implantadas em janeiro e fevereiro, uma vez que elas vinham sendo afetadas pelo quadro de estiagem e de déficit hídrico.
Na de Soledade, a área de plantio é de 75.595 hectares. A produtividade é de 3.290 kg/ha, consistindo em redução de 35,48% na projetada. Cerca de 60% da área cultivada – implantada no cedo – está em finalização de colheita. As lavouras remanescentes concentram-se em regiões onde a colheita é manual tanto em áreas planas como montanhosas. O produto colhido é considerado de boa qualidade. As lavouras onde a semeadura foi realizada no período intermediário do zoneamento agrícola e as de semeadura tardia (pós-tabaco, pós-feijão safra e milho silagem) estão em maior parte em desenvolvimento vegetativo. Em função da melhora das condições de umidade do solo, as lavouras vêm ganhando estatura e aumentando a área foliar, porém não recuperaram as perdas na produtividade, nem mesmo as perdas decorrentes do atraso na semeadura por falta de umidade dos solos.
Comercialização (saca de 60 quilos)
De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, a cotação média do milho apresentou redução de – 0,33%, passando de R$ 82,27/sc. para R$ 82,00/sc.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1754- Emater/RS