FECHAMENTOS DO DIA 17/08: A cotação para setembro23, referência para a nossa safra de inverno, fechou em alta de 0,75 % ou $ 3,50 cents/bushel a $ 473,00. A cotação de dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,88 % ou $ 4,25 cents/bushel a $ 485,75.
CAUSAS DA ALTA: O milho negociado em Chicago fechou em alta nessa quinta-feira. O mercado está buscando alternativas para impor uma linha de suporte para o milho. As vendas semanais foram boas, maiores que a da semana anterior, mas não acima do esperado pelo mercado. O monitor da seca reduziu novamente as áreas com algum grau de seca, (de 49% para 42%), mas deu atenção para a previsão de clima seco, para os próximos dias. Neste duelo entre fatores médios, deu uma leve alta no final da sessão.
NOTÍCIAS IMPORTANTES:
ARGENTINA-PREÇO DO MILHO É A METADE DO PREÇO NO BRASIL: Segundo matéria do valorsoja.com desta quarta-feira, intitulada “Do “dólar do milho” ao “dólar da miséria”” o milho brasileiro (com safra recorde histórica!) vale quase o dobro do argentino (com desastre climático!) O Brasil está embarcando um volume recorde de milho e, embora a Ucrânia esteja “fora do jogo”, isso é suficiente para “esmagar” os preços internacionais do cereal. Nesse cenário, cada dólar que um fazendeiro de milho sem dinheiro pode obter conta. Essa premissa é cumprida no Brasil, onde, especificamente no estado de São Paulo, o valor de referência do milho está em US$ 178/ton, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq). Na Argentina, o caos econômico é tamanho que nem é fácil calcular o valor real do milho Rosário, com preço médio nesta quarta-feira em torno de US$ 62 mil/t. Se for considerado o preço convencional “dólar MEP”, então esse preço de $ 62.000/t equivale a $ 95/t. Mas como o governo argentino restringe a possibilidade de operar nesse mercado, alguns devem recorrer ao circuito alternativo do “MEP Senebi” e, neste caso, a conversão rende um valor de US$ 92/t.
IGC-PRODUÇÃO E ESTOQUES MAIORES-BAIXISTA PARA OS PREÇOS: MILHO Quanto ao milho, o conselho aumentou a estimativa de produção para 1,221 bilhão de toneladas em 2023/24, ante 1,220 bilhão de toneladas previsto em julho. O volume é maior que o resultado de 1,160 bilhão de toneladas projetado para 2022/23. A previsão para consumo avançou ante o projetado em julho, de 1,205 bilhão de toneladas para 1,207 bilhão de toneladas, enquanto para 2022/23 ficou em 1,172 bilhão de toneladas. Os estoques subiram de 282 milhões de toneladas para 288 milhões de toneladas em 2023/24.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fecha quinta-feira com leves ganhos, em linha com Bolsa de Chicago.
CAUSAS DA ALTA: Os vencimentos de milho apresentaram alta na data de hoje na Bolsa de Valores, novamente em um avanço tímido de até +0,98 no contrato setembro/23. O movimento foi reativo à Bolsa de Chicago, e não apresenta, no entanto, uma reversão de tendência baixista, que vem se estendendo durante a safrinha, em vista da ampla oferta com que compradores têm trabalho, especialmente nas últimas semanas. Vale lembrar aqui que para algumas agências, a safra encontra-se ao redor de 72% colhida neste momento, o que significa um atraso em relação à safra passada, que foi de 82,3% para a mesma época; porém, onde se tem uma projeção de mais milho, recompensando assim a oferta em eventuais atrasos.
OS FECHAMENTOS DO DIA 17/08: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento setembro/23 fechou a R$ 53,61, alta de R$ 0,48 no dia e baixa de R$ -1,25 na semana; o vencimento de novembro/23 foi de R$ 57,23, alta de R$ 0,16 no dia, baixa de R$ -1,81 na semana; janeiro/23 fechou a estável a R$ 60,94, baixa de R$ -1,79 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica