FECHAMENTOS DO DIA 11/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,49 %, ou $ -19,00 cents/bushel a $ 1252,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,07 % ou $ -14,00 cents/bushel a $ 1298,00. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,62 % ou $ 2,3 ton curta a $ 374,3 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de -0,87 % ou $ – 0,47/libra-peso a $ 53,52.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em queda nessa quarta-feira. O mercado segue pressionado pelo avanço da colheita nos EUA. Na terça, após o fechamento do mercado, o USDA disse que produtores tinham colhido 43% da safra até o último domingo, em comparação a 41% há um ano e 37% na média de cinco anos. Analistas esperavam que a colheita estivesse entre 35% e 37% concluída. “Em plena colheita fica difícil sustentar ralis de preço”, disse em nota Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage. O desempenho do óleo de soja, que acumula perda de cerca de 13% nos últimos 30 dias, também pesou sobre as cotações. Traders também ajustaram posições antes do relatório de oferta e demanda do USDA, que sai nesta quinta-feira.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-PRODUÇÃO DE FARELO PODE CRESCER EM 1,5 MILHÃO DE T, PARA 44,7 MILHÕES: O Itaú BBA projeta que a produção de farelo de soja no Brasil pode crescer em 1,5 milhão de toneladas em relação ao projetado para 2023/24, alcançando 44,7 milhões de t. A análise leva em conta a maior disponibilidade de soja em grãos decorrente do volume previsto para a próxima safra e o aumento da capacidade esmagadora, confirmado recentemente pela Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). De acordo com relatório da consultoria sobre o cenário nacional de farelo de soja e esmagadoras divulgado hoje, o volume adicional considera um cenário otimista, onde 100% do aumento de capacidade já anunciada será destinado ao processamento somente dos grãos de soja, mantendo os níveis atuais de ociosidade e os níveis de consumo e exportação, o que traria a relação estoque/uso para 12,2%.
Mesmo com o aumento das exportações do derivado, o cenário contribui para uma elevação da relação estoque/uso, diz o Itaú BBA. Para 2023/24, o mercado projeta a continuação do crescimento da oferta no mercado doméstico, o que deixaria o balanço ainda mais folgado. Com o avanço da indústria esmagadora, a tendência é de que a oferta de farelo de soja permaneça alta no mercado doméstico. Mesmo que o aumento da capacidade processadora não seja totalmente convertido em mais produção de farelo, o balanço nacional tende a permanecer folgado até em casos de maior incidência de ociosidade na indústria, o que pode beneficiar outras cadeias como a de proteínas animais, responsável pelo consumo do produto. O Itaú BBA diz que o possível retorno da Argentina ao mercado internacional em 2023/24 trará concorrência para as exportações do produto brasileiro.
REPULSA ÀS IMPOSIÇÕES EUROPEIAS: Os produtores de soja e milho da Argentina, Brasil e Paraguai, responsáveis pela produção de 190,1 milhões de toneladas de soja e 175,8 milhões de toneladas de milho, representando 51,3 por cento e 15,2 por cento da produção mundial, manifestaram publicamente a sua preocupação relativamente às novas regulamentações da União Europeia. que estabelece que em seu território só será possível importar grãos e derivados provenientes de áreas livres de desmatamento.
Para os produtores sul-americanos, o Regulamento de Produtos Livres de Desflorestação (EUDR), que faz parte do Acordo Verde Europeu, “é uma barreira comercial disfarçada de medida ambiental” com a qual os europeus “relativizam o fato de que” a nossa agricultura se baseia no pilares da sustentabilidade e da preservação ambiental.” A disposição, dizem eles, terá um impacto considerável no custo de produção, aumentará os preços dos alimentos e distorcerá o comércio global. O texto foi assinado pela Associação Argentina de Milho e Sorgo (MAIZAR); a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO); Associação Brasileira dos Produtores de Soja (APROSOJA); a Associação da Cadeia Argentina de Soja (ACSOJA); a Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai (APS); a Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (CAPECO); Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Semana segue da mesma forma, sem expressão e com mínimas variações de preços
CONTEXTO DO DIA: Sem novidades no mercado de soja com produtor vendendo apenas o necessário para o dia-a-dia. Compradores seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas esses níveis de volume não serão capazes de impedir uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 149,50 para 30 de outubro, marcando baixa de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 142,00 marcando baixa de R$ 2,00/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 142,00, também caindo em R$ 2,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 141,00, caindo em R$ 2,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 141,50, também ouve queda de R$ 2,00/saca.
SANTA CATARINA: Preços e negócios parados, ausência quase completa de negócios
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção no Estado de Santa Catarina, não se soube de novos volumes sendo vendidos, mas produtor parece bastante focado no campo. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00 sem novas movimentações.
PARANÁ: Quedas gerais de preços de até R$ 2,20/saca, negócios seguem sem expressão
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. As ultimas informações da DERAL indicaram perda de qualidade entre essa semana e a anterior, o que gera uma má perspectiva inicial em relação a o que se espera da soja em tempo de colheita, no entanto, apenas 31% da área fooi ocupada até o momento, isso da mais do que tempo oi suficiente para que o cenário se modifique. Os impactos mais expressivos nos preços durante essa semana se devem a volatilidade do dólar. NO PORTO: cif Paranaguá marcou baixa de R$ 2,00/saca, indo a R$ 141,00 com pagamento em 31/10 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca baixa de R$ 1,00/saca, indo 135,00. Nas demais posições temos quedas de níveis similares, com Cascavel a R$ 131,50 após perda de R$ 2,20/saca, Maringá a R$ 133,00 após perda de R$ 2,00/saca e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de queda de R$ 3,00/saca. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 125,00, marcando queda de R$ 5,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações negativas de média expressão. O grão de soja passou por baixa de 1,49%, o farelo em alta de 0,62% e o óleo em baixa de 0,87%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,13%, sendo cotado a R$ 5,0498 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços marcam baixa geral de até R$ 2,00/saca, negócios muito lentos
CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Com isso, os negócios que já estavam parados continuam parados, não houve movimentações expressivas por todo o dia, com a comercialização não mudando muito em termos percentuais nas últimas duas semanas, ainda por volta de 77%. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R$ 2,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 128,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 126,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 125,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 128,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 124,00.
MATO GROSSO: Preços marcam altas gerais de até R$ 0,50/saca, negócios seguem na mesma
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam altas de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para as plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos os preços marcaram manutenção, com isso – Campo Verde a R$ 124,80. Lucas do Rio Verde a R$ 120,50. Nova Mutum a R$ 121,40. Primavera a R$ 125,20. Rondonópolis a R$ 127,80. Sorriso, por fim, a R$ 119,70.
MATOPIBA: Dia de quedas de R$ 1,00/saca, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 117,00 após baixa de R$ 1,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 123,00.
Fonte: T&F Agroeconômica