Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 26/11/2024

FECHAMENTOS DO DIA 26/11

O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,23%, ou $ -2,25 cents/bushel a $ 983,50. A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -0,03% ou $ -0,25 cents/bushel a $ 994,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -1,91 % ou $ -5,6 ton curta a $ 288,1 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 3,35 % ou $ 1,38/libra-peso a $ 42,59.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. O mercado foi pressionado pela ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% a importações do México e do Canadá e “uma tarifa adicional de 10%” a produtos da China. As ameaças, porém, trouxeram uma sensação de alívio para alguns analistas. “Agora sabemos qual será a tarifa e quando tudo acontecerá – já em janeiro -, então esse ‘desconhecido’ agora é ‘conhecido’, e podemos voltar à vida normal”, disse em nota Naomi Blohm, da Total Farm Marketing. Analistas da Capital Economics especularam em nota que o anúncio de Trump pode ter como objetivo extrair concessões dos países afetados, o que poderia evitar a imposição das tarifas.

Além disso, o plantio da soja no Brasil segue em ritmo acelerado com 83,3% da área planejada semeada, contra 73,8% da semana anterior e 75% no mesmo período de 2023, segundo a Conab.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-AS PRIMEIRAS MEDIDAS DE TRUMP (baixista)

Numa antevisão de como será a sua política comercial externa a partir do próximo dia 20 de janeiro, Trump anunciou que iria impor uma tarifa de 25% às importações do Canadá e do México – existem acordos de livre comércio entre estes países e os Estados Unidos – até que estas nações “reprimam as drogas, especialmente o fentanil e os imigrantes ilegais que atravessam a fronteira”.

E anunciou “uma tarifa adicional de 10%, além de quaisquer tarifas adicionais” sobre as importações da China. Relativamente a este último, não é certo se as declarações do magnata implicam um recuo na ideia inicial de registar as compras à China com uma tarifa de 60% ou se se trata de uma percentagem extra à anunciada em plena campanha eleitoral

O IMPACTO DAS MEDIDAS (baixistas, algumas e altistas, outras)

Para o complexo soja, o impacto desta guerra tarifária versão 2025 seria diverso. Com efeito, afetaria o grão de forma baixista, devido a uma possível retaliação da China, principal comprador mundial da oleaginosa, mas seria positivo para o mercado de óleo (a posição de dezembro somou US$ 30,43 e fechou com ajuste de US$ 938,93), por exemplo, se as compras de óleo de colza do Canadá fossem restringidas – o USDA prevê importações totais de óleo de colza dos EUA em 3,66 milhões de toneladas – ou a entrada de óleo usado provenientes da China, produtos utilizados na indústria do biodiesel.

Este último poderia favorecer uma maior utilização do óleo de soja americano para a produção de biodiesel. Essa eventual maior demanda interna por óleo de soja implicará em crescimento da moagem, o que resultará adicionalmente em superprodução de farelo de soja, fator de baixa para esse outro subproduto (o contrato dezembro caiu US$ 6,17 e ficou em US$ 317,57 por tonelada).

EUA-NOVA POLÍTICA AMBIENTAL (baixista)

O complexo soja americano seguirá de perto os passos da nova Administração, tanto por causa dessas tarifas, como pela política que a Agência de Proteção Ambiental irá abaixar em relação à promoção ou não de biocombustíveis, diante do lobby petrolífero que teria novamente um grande espaço nos corredores da Casa Branca.

BRASIL-PLANTIO JÁ ESTÁ MAIS ADIANTADO QUE O ANO PASSADO

A Conab informou ontem o avanço do plantio de soja em 83,3% da área planejada, contra 73,8% da semana anterior e 75% no mesmo período de 2023. O nível de avanço é superior ao do ano passado nos 12 estados. Ainda segundo a Conab, São Paulo já finalizou o plantio, Mato Grosso atingiu 99,3% e o Paraná 96% da área pretendida.

Fonte: T&F Agroeconômica



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