Durante o período, a semeadura alcançou 94% da área projetada para a safra. Os plantios mais tardios avançaram principalmente nas regiões da Campanha, Sul e Vale do Rio Pardo.
As condições ambientais favoreceram tanto o desenvolvimento das plantas quanto a realização de tratos culturais, incluindo a aplicação de herbicidas e fertilizantes em cobertura nas áreas semeadas a partir de novembro.
A maioria das lavouras encontra-se em fase reprodutiva: 18% em floração, 50% em enchimento de grãos. Em maturação são 12%, e 1% foi colhido. A recuperação da umidade do solo em dezembro tem garantido o peso adequado dos grãos. Contudo, o número de grãos por espiga, determinado durante a floração, foi impactado pelo déficit hídrico ocorrido em novembro, especialmente nas regiões Centro, Planalto Médio e Noroeste do Estado. Apesar desse impacto, o potencial produtivo permanece superior ao da última safra.
Nas áreas irrigadas ou não afetadas pelo déficit hídrico, a expectativa de produção está muito elevada, beneficiada pela alta incidência de radiação solar e pela variação térmica entre dias e noites, fatores que favorecem o metabolismo e a produtividade das plantas.
Em termos de manejo cultural e fitossanitário, nas áreas ainda em desenvolvimento vegetativo, os produtores têm realizado adubação e controle de plantas daninhas. A aplicação de inseticidas e fungicidas ocorre apenas de forma pontual e conforme o monitoramento, como no caso do controle de lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) na Região Oeste do Estado. Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, a cultura encontra-se predominantemente em estágio inicial de desenvolvimento vegetativo. Na Fronteira Oeste, a maioria das lavouras está em fase de enchimento de grãos. Em Quaraí, as chuvas volumosas recentes contribuíram para a manutenção do excelente potencial produtivo dos cultivos; porém, em algumas áreas, foi necessário realizar o controle de lagarta. Em Santa Margarida do Sul, os agricultores familiares estão comercializando milho-verde, uma excelente alternativa para geração de renda e agregação de valor em pequenas produções.
Na de Caxias do Sul, há grande variabilidade entre as fases de desenvolvimento, especialmente nas regiões da Serra e das Hortênsias. Nos Aparados da Serra, a semeadura está finalizada, e as lavouras estão em desenvolvimento vegetativo. Nos Campos de Cima da Serra, a cultura está em fase de pendoamento e floração.
Na de Erechim, 20% das lavouras estão em floração e 80% em enchimento de grãos. A previsão é de produtividade superior à safra anterior. As precipitações de dezembro têm garantido a adequada massa aos grãos.
Na de Ijuí, 70% das lavouras estão em enchimento de grãos. O potencial produtivo está pouco inferior ao inicial devido à estiagem em novembro, que causou redução no número de grãos e danos nos localizados no ápice da espiga. No entanto, as chuvas posteriores estabilizaram a umidade no solo. A fase de enchimento de grãos está sendo considerada muito boa, garantindo elevado peso das espigas.
Na de Pelotas, 66% da área esperada foi semeada. Estão 88% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 10% em pendoamento e 2% em enchimento de grãos.
Na Santa Maria, a estiagem de novembro afetou a produtividade no Vale do Jaguari, especialmente em Capão do Cipó e em Santiago, onde as plantas apresentam encurtamento dos entrenós.
Na de Santa Rosa, 1% das lavouras está em desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 65% em enchimento de grãos, 28% em maturação e 2% colhido. Nas áreas irrigadas, a produtividade projetada é de 13.200 kg/ha. Nas lavouras de sequeiro é de 6.600 kg/ha, mas estima-se redução de 6% em razão da estiagem de novembro.
Na de Soledade, as lavouras do cedo estão em desenvolvimento vegetativo (8%); em floração (25%); e enchimento de grãos (65%). A precipitação acumulada em dezembro tem garantido adequado enchimento de grãos na maior parte das áreas. Em pontos isolados, onde houve déficit hídrico em novembro, há perdas de produtividade. O cultivo de milho do tarde sobre a resteva de tabaco encontra-se em fase de germinação e emergência (2%).
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,05%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 67,71 para R$ 67,00.
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Fonte: Emater RS