De acordo com a bolsa brasileira (B3), o preço semanal (de 24/03 a 28/03) do milho contrato corrente ficou na média de R$ 77,76/sc, o que representa retração de 5,03% em relação à semana anterior. Essa desvalorização é resultado das boas condições climáticas na semana, o que contribuiu para o desenvolvimento das lavouras no Brasil.
No que se refere ao comparativo anual, o preço do milho na B3 está 22,43% maior, devido à menor disponibilidade do grão no mercado interno, ocasionada pela menor produção em relação à safra anterior, 22/23.
Vale destacar que fatores externos podem impactar no movimento dos preços para a próxima semana, como é o caso da divulgação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deve trazer uma maior área de milho para a safra 25/26. Além disso, a oferta interna também continuará ditando o ritmo das cotações no país.
ALTA: com a oferta do cereal escassa no estado, o preço do milho em MT apresentou incremento de 0,52% ante a semana passada, sendo cotado na média de R$ 71,63/sc.
SUBIU: o dólar compra PTAX apresentou valorização de 0,83% no comparativo semanal, motivada principalmente por fatores internos, relacionados a inflação e gastos públicos.
FECHAMENTO: com avanço semanal de 0,06 p.p., a semeadura do milho em MT para a safra 24/25 foi concluída, ficando 0,13 p.p. à frente da média das últimas cinco safras.
A Bolsa de Cereais publicou, no dia 27/03, o relatório de colheita de milho na Argentina
O avanço semanal da colheita foi de 5,80 p.p., atingindo 19,40% do total da área estimada para o ciclo 24/25, 6,20 p.p. maior ante o ano passado. O fator que levou ao ritmo acelerado da colheita foi a maior proporção de semeadura precoce, somada ao fato de que muitas lavouras encerraram o ciclo mais cedo devido ao estresse sofrido durante o enchimento dos grãos.
Nesse sentido, apesar de a produção esperada se manter em 49,00 mi de t em março, os dados atuais estão menores quando comparado a 1ª estimativa divulgada pela Bolsa. Em relação às condições das lavouras da última semana, 74,00% delas encontram-se em condições normais ou excelentes, 2,00 p.p. pior ante a semana anterior, e 1,00 p.p. ante a safra 23/24.
Por fim, segundo o NOAA, nas próximas duas semanas, a Argentina deve receber um volume menor de chuvas, o que pode favorecer o desenvolvimento da colheita no país.
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Fonte: Imea