Na última semana, a cotação do farelo de soja na CME Group apresentou valorização de 2,57%, encerrando na média de US$ 295,50/t. Esse aumento reflete tanto a maior demanda global pelo farelo norte-americano quanto a redução na expectativa de produção de soja no país.
Em contrapartida, o óleo de soja em Chicago registrou queda de 1,42% ante a semana anterior, fechando na média de US$ 52,17/lb. Essa redução foi motivada pelo receio de alteração na regulamentação do “Renewable Fuel Standard” (RFS) pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), que avalia a concessão de isenção na mistura de biocombustíveis a pequenas refinarias, o que pode reduzir a demanda.
No mercado de MT, o óleo de soja fechou com alta de 1,14% no comparativo semanal, sendo cotado na média de R$ 6.236,67/t. Por fim, o farelo também seguiu o movimento de valorização, com o indicador atingindo a média de R$ 1.547,74/t, acréscimo de 1,48% ante a semana anterior, sustentado pelo cenário positivo em Chicago, aliado à maior demanda no mercado interno.
AUMENTO: impulsionado pelo crescimento do preço da soja em Chicago, a paridade de exportação para março/26 registrou valorização semanal de 2,15%.
MAIOR: na última semana, o preço da soja em Chicago para o contrato mar/26 subiu 1,30%, encerrando o período com média de US$ 10,79/bu.
ACRÉSCIMO: com a demanda pela soja brasileira aquecida, o indicador Cepea apresentou aumento semanal de 1,15%.
O prêmio de exportação de Santos, referente ao contrato corrente, encerrou a última semana (18/08 a 22/08) com média de ¢US$ 188,20/bu, registrando recuo de 14,06% em relação à semana anterior
Em Paranaguá, o movimento também foi de queda, com o indicador recuando 6,91% ante a semana anterior, fechando na média de ¢US$ 168,50/bu. Apesar dessa queda semanal, os prêmios seguem entre as maiores médias das séries históricas. Prova disso é que, quando comparado ao mesmo período de 2024, os prêmios de Santos e Paranaguá registraram alta de 26,82% e 35,93%, respectivamente.
Esse movimento está atrelado à forte demanda pela soja brasileira no mercado internacional, principalmente da China, que no acumulado de 2025 registrou avanço de 5,02% e 20,23% no volume adquirido em relação ao ano passado e frente à média dos últimos cinco anos, respectivamente, reflexo do conflito tarifário dos EUA com a China.
Por fim, enquanto as tensões internacionais persistirem e mantiverem a demanda aquecida, a tendência é que os prêmios permaneçam firmes, garantindo a competitividade da soja brasileira.
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Fonte: Imea