O mercado brasileiro de milho deve ter uma quarta-feira de estabilidade nas cotações. Os agentes devem manter o quadro de cautela registrado nas últimas semanas. Os principais formadores de preço registrando queda, além disso, também devem limitar a comercialização. A Bolsa de Chicago recua e o dólar cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta terça-feira. O dia foi de atenção nos números do relatório trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), com dados de estoques trimestrais. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, com os estoques divulgados, com a Bolsa de Chicago caindo e com as cotações fracas no porto o mercado interno não avançou. O produtor está tentando segurar a oferta e o comprador procura preços mais baixos, avalia.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 66,00/69,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 65,00/68,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 59,00/61,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 58,00/62,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 65,50/67,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 70,00/72,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 62,00/63,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 54,00/58,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 56,00/62,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em dezembro estão cotados a US$ 4,13 1/4 por bushel, baixa de 2,25 centavos de dólar, ou 0,54%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado opera no menor nível desde 29 de agosto, refletindo expectativas de ampla oferta global. A pressão vem também dos estoques trimestrais de 1º de setembro dos Estados Unidos, que superaram as expectativas, ainda que tenham recuado em relação ao mesmo período do ano passado. A queda do petróleo em Nova York reforça o movimento de baixa.
* Os estoques trimestrais de milho dos EUA em 1º de setembro de 2025 totalizaram 1,531 bilhão de bushels, 13% abaixo do volume de um ano antes (1,763 bilhão). Ainda assim, o número superou as expectativas do mercado, de 1,336 bilhão de bushels.
* Do total, 643,2 milhões de bushels estavam armazenados com produtores, queda de 18% frente aos 780,4 milhões registrados em 2024. Os estoques fora das fazendas somaram 888,4 milhões de bushels, recuo de 10% ante os 983 milhões do mesmo período do ano passado.
* Ontem (30), os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com baixa de 1,42%, ou 6,00 centavos, cotados a US$ 4,15 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2026 fecharam com recuo de 6,50 centavos, ou 1,48%, cotados a US$ 4,32 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,35%, cotado a R$ 5,3036. O Dollar Index registra desvalorização de 0,20% a 97,58 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, feriado. Japão, -0,85%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, +0,45%. Frankfurt, +0,37%. Londres, +0,70%.
* O petróleo opera em baixa. Novembro do WTI em NY: US$ 62,01 o barril (-0,57%).
AGENDA
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
—–Quinta-feira (2/10)
– Eurozona: A taxa de desemprego de agosto será publicada às 6h pelo Eurostat.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Japão: A taxa de desemprego de agosto será publicada às 20h30 pelo departamento de estatísticas.
—–Sexta-feira (3/10)
– Eurozona: A leitura do índice de preços ao produtor de agosto será publicada às 6h pelo Eurostat.
– EUA: O relatório oficial de vagas criadas (payroll) de setembro será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.
– O IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal de agosto, às 9h.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News