O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de dificuldade na formação dos preços. Os contratos futuros em Chicago apresentaram poucas oscilações, em meio à paralisação do governo americano. O dólar subiu, garantindo a melhora dos preços domésticos.

A saca de 60 quilos subiu R$ 129,00 para R$ 132,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação avançou de R$ 131,00 para R$ 135,00. Em Rondonópolis (MT), o preço permaneceu em R$ 125,00. No Porto de Paranaguá, a saca aumentou R$ 2,50 para R$ 137,50.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, o mais negociado, estavam cotados a US$ 10,13 3/4 por bushel na manhã da sexta, 10, com desvalorização de 0,42% na semana. O shutdown nos Estados Unidos impediu a divulgação de importantes dados oficiais, o que fez os agentes operarem “no escuro”.

O mercado se ressentiu da divulgação do levantamento de condições das lavouras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nas segundas. Em período de colheita da safra americana, o número fez falta. Mas o clima considerado favorável aos trabalhos ajudou a pressionar as cotações.

O acompanhamento das exportações semanais americanas também dificultou a formação dos preços. No balanço da semana, no entanto, prossegue o impasse sobre as negociações comerciais entre China e Estados Unidos. O presidente Trump reforçou nesta semana que a soja será prioridade na conversa que manterá com o líder chinês Xi Jinping.

Completando o apagão de informações, não houve a programada divulgação do relatório de outubro de oferta e demanda, o Wasde, na quinta, 9. O sentimento no mercado, entretanto, é que o Departamento irá reduzir os estoques finais quando a questão do orçamento americana estiver solucionada e o relatório deverá ser retomado.

Exportações

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 111 milhões de toneladas em 2026, contra 107 milhões estimadas para 2025, conforme o novo quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado.

Segundo o analista de Safras, Rafael Silveira, a revisão leva em consideração o ritmo firme dos line-ups e a ocupação da janela de exportações (tradicionalmente americana) em meio às tensões comerciais entre Estados Unidos e China. “São o que sustentam esse desempenho”, aponta.

Safras ajustou levemente a projeção de esmagamento para 59 milhões de toneladas em 2026, contra 58 milhões indicados em 2025. A consultoria não aponta importação em 2026, enquanto para 2025 está prevista a entrada de 800 mil toneladas.

“Realizamos pequenos ajustes nas projeções de esmagamento para 2026, bem como no quadro de exportações do mesmo ano. Ainda assim, os estoques de passagem de 2025 devem se manter em níveis confortáveis, refletindo o bom desempenho da safra mesmo com demanda firme. Por ora, não houve alterações nas estimativas de produção de soja, que permanecem estáveis diante das condições climáticas e produtivas atuais”, acrescenta Silveira.

Fonte: Dylan Della Pasqua e Luciana Abdur / Safras News



 

FONTE

Autor:Dylan Della Pasqua e Luciana Abdur / Safras News

Site: Safras & Mercado

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