A semeadura do milho alcança 80% da área projetada no Estado, e 5% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo. Aproximadamente 5% ingressaram no florescimento. De modo geral, o estabelecimento dos cultivos é considerado satisfatório, embora o ritmo de implantação e o desenvolvimento inicial variem conforme a distribuição das chuvas, a disponibilidade de umidade no solo e as variações de temperatura.

Na maior parte do Estado, os cultivos demonstram vigor vegetativo elevado e coloração verde intensa nos solos ainda sem restrição hídrica, o que tem favorecido a execução dos tratos culturais — em especial a adubação de cobertura nitrogenada, o controle de plantas daninhas e o manejo fitossanitário preventivo.

Já nas zonas onde o regime de chuvas tem sido irregular, observam-se restrições pontuais, sobretudo em solos mais compactados e de baixa retenção de umidade. Nessas localidades, algumas lavouras em pré-pendoamento começam a expressar sintomas de déficit hídrico, como enrolamento foliar. Apesar disso, as condições gerais ainda são consideradas adequadas para a fase atual de desenvolvimento, e a retomada das chuvas será determinante para a manutenção do potencial produtivo.

O estado fitossanitário da cultura está satisfatório. Porém, há ocorrências pontuais de cigarrinhas, lagartas e percevejos, sem impacto econômico relevante até o momento. Em algumas regiões, os produtores intensificam o monitoramento e realizam aplicações direcionadas, em especial nas lavouras implantadas mais tardiamente. Estima-se o cultivo de 785.030 hectares, segundo projeção da Emater/RS-Ascar, e a produtividade em 7.37 g/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar Bagé, na Fronteira Oeste, as condições ambientais – chuvas regulares intercaladas por dias ensolarados – estão favoráveis à condução das lavouras, o que tem permitido a realização dos tratos culturais, como adubação de cobertura e controle de plantas daninhas. As temperaturas ligeiramente abaixo do ideal e os ventos fortes provocaram estresse leve em plantas jovens, sem prejuízos relevantes. Em Quaraí, as chuvas recentes permitiram a retomada da semeadura e beneficiaram o crescimento das plantas. Observam-se focos moderados de lagartas e formigas, além de infestação localizada de invasoras, demandando intervenções imediatas.

Na de Caxias do Sul, a semeadura segue de forma expressiva e está praticamente concluída nas áreas de exploração empresarial na microrregião de Vacaria. Nos Aparados da Serra, de maior altitude, os trabalhos prosseguem em ritmo adequado e devem se encerrar até novembro. Nas propriedades de base familiar, o plantio ocorre de forma mais escalonada, estendendo-se até dezembro, à medida que são liberadas áreas anteriormente ocupadas por pastagens de inverno e olerícolas, como alho e cebola.

Na de Erechim, a semeadura atinge 5% da área estimada, e as lavouras estão em estágios vegetativos com desenvolvimento vigoroso. As condições de umidade e de temperatura estão propícias, e o estado fitossanitário é considerado muito bom. O manejo se concentra em aplicações de cobertura e no controle de plantas invasoras.

Na de Ijuí, a área semeada permanece em %. As lavouras apresentam excelente uniformidade e coloração verde intensa, reflexo de condições hídricas e térmicas adequadas. Em cultivos mais adiantados, próximas a VT, os produtores realizam a segunda aplicação de fungicidas e monitoram o surgimento de cigarrinhas, cuja presença tem sido crescente, mas ainda sem danos expressivos. O crescimento das plantas está equilibrado, e o estado geral das lavouras é considerado muito bom.

 Na de Passo Fundo, 95% dos cultivos estão em fase vegetativa, e uma pequena parcela ainda em germinação. O desenvolvimento segue satisfatório, e os produtores intensificam os tratos culturais, como adubação de cobertura e controle de pragas e plantas daninhas. O potencial produtivo permanece estável.

Na de Pelotas, a semeadura foi temporariamente interrompida devido à baixa umidade do solo, resultado de três semanas consecutivas com poucas chuvas. Até o momento, apenas 15% da área prevista foi implantada. As lavouras estabelecidas apresentam crescimento inicial adequado, mas é necessária a reposição hídrica.

Na de Santa Maria, a semeadura está pouco superior a 50% da área projetada. O desenvolvimento inicial dos cultivos está apropriado. Porém, houve redução da umidade em alguns municípios, agravada pela ação de ventos fortes, que aceleram o ressecamento do solo.

Na de Santa Rosa, a semeadura mantém-se em 88%; % das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 1% em florescimento. As condições climáticas estão favoráveis, e o desenvolvimento das plantas vigoroso. A ocorrência de pragas está baixa, e o monitoramento da cigarrinha (Dalbulus maidis) indica pressão reduzida.

Na de Soledade, 62% foram semeados, e as lavouras estão em desenvolvimento vegetativo. No Baixo Vale do Rio Pardo, a ausência de chuvas por três semanas causou sintomas de estresse hídrico nos cultivos localizados em solos mais compactados, especialmente nas plantas em pré-pendoamento. A retomada das chuvas deve evitar perdas no potencial produtivo.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,30%, quando comparado à semana anterior, passando de R 62,75 para R 62,56.

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Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1891

Site: Emater RS

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