Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 07/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 07/11

O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,71% ou $ 10,00 cents/bushel, a $1101,75. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,81% ou $ 9,50 cents/bushel, a $1117,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 1,37% ou $ 4,4/ton curta, a $ 317,1. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,81% ou $ 0,33/libra-peso, a $ 49,68.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em alta. Mesmo com fortes oscilações, com ganhos e perdas na casa de dois dígitos ao longo da semana, a soja conseguiu um saldo positivo no período. A empolgação inicial da semana após o acordo / trégua comercial entre EUA e China caiu ao ver a realidade fria dos números. Parte do mercado ainda se pergunta se realmente a China comprará as 12 milhões de toneladas de soja prometidas neste ano. E se os EUA terão capacidade logística para vender e entregar este volume, sem prejudicar os outros grãos. As primeiras compras chinesas formam considerada modestas. Ao menos a China está habilitando novamente três empresas americanas para fornecerem soja novamente. A Argentina levantou e derrubou a bolsa em
dois dias, com uma ameaça de greve que não se concretizou.

Agora o mercado está apostando que, ao retomar o relatório mensal de oferta e demanda, suspenso em outubro pela paralisação do governo americano, o USDA mostre uma redução na safra 25/26 e uma melhor demanda pelo grão. Com isso a soja em Chicago fechou a semana em alta de 0,94%, ganhando $ 10,25 cents/bushel. O farelo de soja também subiu 0,48%, ou $ 1,5 por tonelada curta. O óleo de soja avançou 0,06%, equivalente a $ 0,03 por libra-peso.

Análise semanal da tendência de preços
Fatores de Alta
  • Impacto dos Fundos: Após uma queda de pouco mais de 2% ontem, a soja apresentou uma recuperação parcial em Chicago hoje, devido a operações de hedge realizadas por traders, o que permitiu que o preço fechasse a semana com um leve ganho e estendesse a tendência positiva da oleaginosa para quatro semanas.
  • China restabelece licenças: Nesse contexto, o mercado interpretou como um desenvolvimento positivo a confirmação de hoje pela Administração Geral de Alfândegas da China de que irá restabelecer, a partir da próxima segunda-feira, as licenças de importação de soja de três empresas americanas que haviam sido revogadas em março em meio à disputa comercial com os Estados Unidos. As empresas em questão são a CHS, a Louis Dreyfus e a operadora de terminais de exportação de grãos EGT. Essa medida faz parte do acordo firmado entre os dois países durante o encontro presidencial.
  • Importações chinesas: Hoje também, a Alfândega Chinesa informou que o país comprou um volume recorde de soja para o mês de outubro, com 9,48 milhões de toneladas, 17,18% a mais do que as 8,09 milhões de toneladas importadas no mesmo mês de 2024. Esse volume consistiu quase inteiramente de soja sul-americana. Devido a fatores sazonais, as importações de outubro foram 26,3% menores do que o total de setembro. “Outubro geralmente marca o início da colheita de soja nos Estados Unidos, mas devido à suspensão anterior do comércio com a China, os embarques de soja da nova safra americana foram praticamente inexistentes”, disse Liu Jinlu, pesquisador agrícola da Guoyuan Futures, à Reuters. Nos primeiros dez meses do ano, as importações chinesas de soja refletiram um aumento anual de 6,4%, totalizando 95,68 milhões de toneladas.
FATORES DE BAIXA
  • Falta de confirmação das vendas para a China: No entanto, o mercado ainda precisa da confirmação de novas compras chinesas para sustentar a expectativa de vendas de 12 milhões de toneladas para aquele destino até o final do ano, conforme relatado pela Casa Branca após o encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na semana passada, na Coreia do Sul. À medida que o calendário avança e as confirmações não chegam, essa meta de exportação se torna cada vez mais improvável.
  • Venda de produtores americanos: A crescente pressão de venda dos produtores americanos, após os preços da soja atingirem seu nível mais alto em 16 meses nesta semana, limitou a tendência de alta.
  • Brasil já plantou um pouco mais de 47% de uma safra recorde: O ritmo de plantio avançou de forma considerável em comparação com a semana anterior. Até 1 de novembro de 2025, 47,1% da área total havia sido semeada, ante 34,4% da semana anterior, de uma safra estimada oficialmente em 177,64 MT, 6,16 MT a mais do que a anterior, e que pode chegar a 180 MT, segundo algumas consultorias particulares.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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