Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 10/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 10/11
O contrato de soja para novembro fechou em alta de 1,29% ou $ 14,25 cents/bushel, a $1116,00. A cotação de janeiro encerrou em alta de 1,16% ou $ 13,00 cents/bushel, a $1130,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,91% ou $ 2,9/ton curta, a $ 320,0. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 1,81% ou $ 0,90/libra-peso, a $ 50,58.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. O mercado recebeu de forma positiva a notícia sobre as negociações o fim do shutdown nos EUA. Com isso dados oficiais do governo podem voltar a guiar o mercado, que operou diversas vezes na base da especulação. Para a soja, a estimativa média do mercado é uma redução no volume colhido, desta safra que está finalizando os trabalhos no campo. A recente demanda Chinesa empolgou o mercado, mas sem os dados oficiais, é difícil mensurar o que já foi vendido. O que se sabe é que os embarques para exportação subiram 10% no comparativo semanal, mas que o volume total do ano comercial está 42% abaixo do ano anterior.
O governo da China aumentou em 5 milhões de toneladas de soja a sua projeção de compras para o ano comercial 25/26.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA ELEVA IMPORTAÇÃO DE SOJA PARA ESTA SAFRA (altista)
Hoje, o governo chinês elevou sua previsão de importações de soja para a safra 2024/2025 em 5 milhões de toneladas, para 109,37 milhões de toneladas, enquanto sua estimativa para a safra 2025/2026 permaneceu inalterada em 95,80 milhões de toneladas. Em setembro, o USDA havia projetado esses números em 105,50 e 112 milhões de toneladas, respectivamente. Embora a China frequentemente subestime os números de importação e depois os revise, como aconteceu hoje com a safra anterior, a diferença entre os volumes projetados por Pequim e Washington para o atual ano comercial é significativa.
EUA DEVEM PRODUZIR MENOS SOJA (altista)
Por outro lado, antes da divulgação das estimativas agrícolas mensais do USDA, prevista para sexta-feira, após o cancelamento do relatório de outubro, o mercado especula em um volume de produção de soja nos EUA em torno de 105 milhões de toneladas, abaixo das 117,05 milhões de toneladas projetadas pela agência em setembro. Aguardando o relatório semanal oficial de safras do USDA, analistas do setor privado estimam que a colheita de soja já atingiu 96% da área plantada.
EUA-EXPORTAÇÕES PRÓXIMAS DO MÍNIMO ESPERADO (baixista)
Em seu relatório semanal sobre inspeções de embarques nos EUA, desta vez referente ao período de 31 de outubro a 6 de novembro, o USDA reportou embarques de soja de 1.088.577 toneladas, um aumento em relação às 984.875 toneladas do relatório anterior, mas próximo à previsão mínima de analistas do setor privado, que projetavam uma faixa possível entre 1 e 1,7 milhão de toneladas.
ÓLEOS VEGETAIS-PRODUÇÃO DA MALÁSIA MAIOR DO QUE A ESPERADA (baixista)
Em relação ao mercado de óleos vegetais, o Conselho Malaio de Óleo de Palma estimou as reservas de óleo de palma da Malásia no final de outubro em 2,46 milhões de toneladas, 4,44% a mais que no mês anterior. Além disso, revelou que a produção de óleo de palma bruto cresceu 11,02% em outubro em comparação com setembro, atingindo 2,04 milhões de toneladas, enquanto as exportações aumentaram 18,58%, para 1,69 milhão de toneladas. A Reuters indicou que uma pesquisa anterior com empresas privadas havia previsto reservas de 2,44 milhões de toneladas, produção de 1,94 milhão de toneladas e exportações de 1,48 milhão de toneladas.
CONAB-PLANTIO DE SOJA
O ritmo de plantio avançou 11,3% em comparação com a semana anterior. Até 8 de novembro de 2025, 58,4% da área total havia sido semeada, ante 47,1% da semana anterior, 66,1% do ano passado, ficando acima em relação à média de 5 anos de 57,0%. Paraná semeou 79,0%, Mato Grosso 90,1%, Mato Grosso do Sul 86,0%, São Paulo 95,0%, Bahia 30,0%, Minas Gerais 29,6%, Tocantins 39,0%, Goiás 43,0%, Santa Catarina 22,0%. Rio Grande do Sul plantou 17,0%, Maranhão 9,0% e Piauí 12,0% da área pretendida.
Fonte: T&F Agroeconômica
