Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 12/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 12/11

O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,65% ou $ 7,25 cents/bushel, a $1120,50. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,58% ou $ 6,50 cents/bushel, a $1133,75. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 1,29% ou $ 4,1/ton curta, a $ 321,0. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de 0,94% ou $ -0,48/libra-peso, a $ 50,62.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. As cotações da oleaginosa ganharam um pouco de força com a perspectiva do mercado de uma menor safra, que poderá ou não ser confirmado pelo relatório de oferta e demanda do USDA nesta sexta-feira. A alta do farelo de soja deu alguma sustentação para o grão no dia.

Contudo, os ganhos são limitados pela estagnação das compras chinesas, que acumula estoques recordes e enfrenta baixa demanda interna de farelo, impactando a lucratividade das processadoras. Faz menos de duas semanas que autoridades americanas anunciaram uma trégua comercial com a China, mas as compras chinesas de soja americana já parecem ter estagnado. Operadores que falaram em condição de anonimato disseram à Bloomberg que não tinham conhecimento de novos embarques nos últimos dias. “Dentro do setor, muitos consideram o suposto compromisso da China de comprar 12 milhões de toneladas de soja dos EUA mais como um gesto diplomático do que um acordo comercial concreto”, segundo Kang Wei Cheang, corretor agrícola.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EXPECTATIVA DE PRODUÇÃO MENOR ELEVA COTAÇÕES (altista)

Ainda aguardando a reabertura do governo dos EUA, a soja fechou em alta em Chicago. Entre os fatores que sustentaram a alta, estava a expectativa dos investidores de que o relatório mensal do USDA, previsto para sexta-feira, mostraria um volume de colheita de soja menor do que os 117,05 milhões de toneladas estimados em setembro. Em média, analistas do setor privado projetavam uma produção de 116,10 milhões de toneladas.

META DE COMPRAS DE 12 MT CADA VEZ MAIS EM RISCO (baixista)

O limite para os ganhos foi mais uma vez imposto pela falta de notícias sobre as compras chinesas de soja dos EUA, quase duas semanas após o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul. Essa situação coloca em risco o alcance da meta inicial da Casa Branca de vender 12 milhões de toneladas até o final do ano.

CHINA ALERTOU QUE ESTÁ ABASTECIDA (baixista)

A China alertou que os últimos meses de compras expressivas de soja na América do Sul levaram a um excesso de oferta da oleaginosa, o que poderia comprometer as expectativas dos exportadores americanos de compras maciças da China no curto prazo. Os estoques de soja nos portos chineses atingiram um recorde de 10,3 milhões de toneladas no dia 7 deste mês, um aumento de 3,6 milhões de toneladas em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as empresas de processamento detinham 7,5 milhões de toneladas em estoque, o maior volume para esta data desde 2017, de acordo com dados da Sublime China Information divulgados pela Reuters.

CHINA-MARGENS NEGATIVAS ATÉ MARÇO DE 2026 (baixista)

“A China tem pouca margem para aumentar as importações de soja”, disse à agência de notícias um Trader de uma empresa internacional que administra fábricas de processamento. Ele acrescentou que “os estoques de soja são enormes e a demanda do setor de ração animal é muito baixa”. Fontes chinesas alertam que os preços físicos do farelo de soja caíram mais de 20% em relação às máximas de abril nos principais centros comerciais do país. Isso resultou em perda de lucratividade para as empresas de esmagamento desde meados do ano e “perspectivas de margens negativas, pelo menos até março”.

ANEC ELEVA EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE SOJA (altista para o Brasil, baixista para CBOT)

Em sua revisão semanal de estimativas, a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (ANEC) elevou sua previsão de exportação de soja para novembro de 3,77 para 4,26 milhões de toneladas, em comparação com 6,40 milhões de toneladas em outubro e 2,34 milhões de toneladas embarcadas no mesmo mês de 2024. Quanto às vendas de farelo, a ANEC aumentou sua estimativa de 2,23 para 2,47 milhões de toneladas, acima das 1,73 milhão de toneladas comercializadas em outubro e novembro de 2024.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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