Por T&F Agroeconômica, comentários 21/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 21/11

O contrato de soja para janeiro fechou em alta de 0,22% ou $ 2,50 cents/bushel, a $1125,00. A cotação de março encerrou em alta de 0,22% ou $ 2,25 cents/bushel, a $1134,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,35% ou $ 1,1/ton curta, a $ 315,1. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,79% ou $ -0,40/libra-peso, a $ 50,26.

ANÁLISE DO MIX

A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana de forma mista. A semana da oleaginosa foi marcada por uma empolgação inicial a demanda chinesa pelo grão, que acabou frustrada. Assim como o farelo de soja que foi um bom motor de alta, com a possível mudança de regras de importação do subproduto pela Europa, mas acumulou perdas nos últimos dias. Apesar de compras mais robustas pela China nos últimos dias, apenas estatais estão comprando a soja americana. Os estoques locais estão relativamente bem abastecidos e o grão brasileiro. é mais competitivo para as empresas privadas. Este cenário corrobora para a desconfiança que as metas da Casa Branca, não confirmadas por Pequim, sejam atingidas.

Com isso a soja em Chicago fechou o acumulado da semana com leve alta de 0,04%, ganhando $ 0,50 cents/bushel. O farelo de soja recuou -2,29%, com perda de $ -7,4 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja avançou 0,22%, equivalente a $ 0,11 por libra-peso.

FATORES DE ALTA

a) Soja subiu 1 dólar/bushel desde meados de outubro: Apesar de algumas perdas nesta semana, os contratos futuros de soja subiram quase US$ 1 por bushel desde meados de outubro. Relatórios favoráveis do USDA e a forte demanda por esmagamento têm sido benéficos para os preços em geral nas últimas semanas, observa Naomi Blohm, consultora sênior de mercado da Total Farm Marketing. “Para o futuro e crucial para a direção dos preços, espera-se que os traders fiquem de olho na demanda de exportação dos EUA e também nas condições climáticas da América do Sul”, afirma. “Outro risco é que, embora os líderes dos EUA destaquem o forte potencial de demanda por soja da China, nada sobre isso foi formalizado por escrito com o governo chinês.

b) Novas vendas para a China: Como o mercado esperava, o USDA confirmou novas vendas de 462.000 toneladas de soja americana para a safra 2025/2026 para a China, elevando o total comercializado com o gigante asiático desde a reabertura do governo para 1.816.000 toneladas. Esse volume ainda está muito aquém da meta estabelecida semanas atrás pela Casa Branca de 12 milhões de toneladas comercializadas com a China para o restante do ano.

c) EUA-Atualização gradual dos relatórios semanais (altista): Como parte do método incomum criado pelo USDA para relatar as exportações semanais acumuladas durante a paralisação do governo dos EUA, com um cronograma de embarques que só atualizará os números em 2 de janeiro, a agência informou hoje que, durante a semana de 26 de setembro a 2 de outubro, os Estados Unidos venderam 919.400 toneladas de soja, dentro da faixa estimada pelos comerciantes, que era de 600.000 a 1.600.000 toneladas.

d) IGC reduziu a produção e aumentou o consumo: O Conselho Internacional de Cereais-IGC reduziu hoje sua previsão de produção global de soja em seu relatório mensal de estimativas agrícolas, de 428 milhões para 426 milhões de toneladas, enquanto aumentou sua previsão de consumo de 430 milhões para 431 milhões de toneladas. “Considerando que o consumo de soja deve atingir um novo recorde, impulsionado principalmente pela crescente demanda na Ásia e nas Américas, os estoques podem diminuir”, afirmou a agência, que, de fato, ajustou sua estimativa de estoques finais de 79 para 77 milhões de toneladas.

e) No Brasil, boa demanda interna e externa continua elevando lenta, mas firmemente os preços da soja: A boa demanda interna de farelo para ração e de óleo para biodiesel e a demanda externa da China, que comprou grandes quantidades do Brasil para embarques do final de safra nova, estão mantendo os preços de exportação em Paranaguá 1,70% de alta no mês e no interior em 1,30%, até o momento.

FATORES DE BAIXA

a) O grande número de contratos comprados dos Fundos, que podem ser realizados a qualquer momento e causar quedas momentâneas nas cotações da CBOT.

b) Eventuais compras substanciais da China nos EUA, para completar o acorde de compra de 12 MT ainda neste ano (que só tem mais 25 dias úteis), mas o próprio mercado acha improvável. Falta comprar 10,184 milhões de toneladas. Impossível não é, mas muito improvável, porque o preço da soja americana está maior que a brasileira, por exemplo. Contudo, se isto acontecer os prêmios no Brasil cairão e, provavelmente, a disputa entre exportadores e indústrias também diminuirá, porque os estoques internos serão maiores e os preços de um modo geral tenderão a recuar. Este, portanto, é um ponto de atenção daqui para frente.

Fonte: T&F Agroeconômica



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