Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 25/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 25/11
O contrato de soja para janeiro fechou em alta de 0,11% ou $ 1,50 cents/bushel, a $1124,75. A cotação de março encerrou em alta de 0,24% ou $ 2,75 cents/bushel, a $1134,75. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,89% ou $ 2,8/ton curta, a $ 317,0. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,24% ou $ 0,12/libra-peso, a $ 50,30.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. O mercado segue atento e debatendo sobre as vendas de soja dos EUA para a China. Até o momento, faltando na pratica um mês para acabar o ano, os chineses compraram apenas 16% do estipulado para 2025 após a reunião dos dois presidentes na Coreia do Sul em 30/10. A Reuters informou que, “Dois navios cargueiros estavam a caminho de terminais de grãos perto de Nova Orleans na segunda-feira para carregar os primeiros carregamentos de soja dos EUA destinados à China desde maio, segundo um cronograma de embarques”. O relatório de vendas da primeira semana de outubro demonstrou que os compromissos de vendas de soja estão 37% atrasadas, de farelo estão no mesmo patamar e o de óleo de soja estão 41% acima no comparativo anual. Com isso o mercado conseguiu sustentar um leve ganho nesta terça.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
DEBATE SOBRE AS COMPRAS CHINESAS (altistas/baixistas?)
A soja está sendo alvo de intermináveis debates sobre as compras chinesas. Nesse contexto, a queda na soja permanece limitada e muitos operadores continuam otimistas. Donald Trump anunciou, em particular, que ontem (24) conversou novamente com seu homólogo chinês, Xi Jinping, sobre produtos agrícolas dos EUA, entre outros assuntos. Algumas fontes informam que a China já comprou aproximadamente 52 carregamentos de soja dos EUA (3,3 milhões de toneladas), principalmente para uso industrial, apesar das margens negativas. Outras fontes garantem que as compras chinesas não passam de 1.939.000 toneladas, apenas 16,16% das 12 milhões de toneladas de soja que a Casa Branca afirmou que seriam vendidas à China até o final do ano. Hoje, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, reiterou em declarações à imprensa que as compras chinesas de soja americana estão “dentro do cronograma”. Por ora, o mercado não está tendo a mesma percepção que o secretário.
CHINA TEM ALTOS ESTOQUES (baixista)
O mercado chinês enfrenta altos estoques de soja e farelo, margens reduzidas e um setor pecuário lento, o que limita novas compras.
COLHEITA NOS EUA ESTÁ CONCLUÍDA (altista)
A colheita de soja nos EUA está concluída, com o número oficial colocado em 115,75 milhões de toneladas, contra 117,05 estimadas em setembro passado.
PLANTIO NO BRASIL (baixista)
O plantio de soja no Brasil atingiu 81%, mas persistem as preocupações com a irregularidade das chuvas. Na América do Sul, o clima permanece majoritariamente favorável, com previsão de chuvas para o Brasil e a Argentina e o plantio brasileiro avançando em ritmo semelhante ao do ano passado.
BRASIL-PRÊMIOS DO GRÃO INALTERADOS, MAS OS DO FARELO E ÓLEO EM ALTA (altista)
Os prêmios de exportação no Brasil permaneceram inalterados, enquanto os preços do óleo e do farelo de soja apresentaram maior força na região.
BRASIL-EXPORTAÇÕES FORTES (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
A pressão sobre as cotações da CBOT está se intensificando devido ao forte programa de exportação do Brasil, que já ultrapassa 106 milhões de toneladas e pode chegar a 110 milhões de toneladas.
INFORMES SEMANAIS DO USDA (baixista)
Sem negociações comerciais com a China, e como parte do programa de atualização dos relatórios semanais de exportação dos EUA que não foram publicados durante a paralisação do governo, o USDA informou hoje que as vendas de soja no período de 3 a 9 de outubro totalizaram 784.200 toneladas, um volume dentro da faixa esperada pelos comerciantes, que era de 500.000 a 1.400.000 toneladas. As vendas totais para 2025/2026 atingiram 13,58 milhões de toneladas, 37% abaixo do mesmo período de 2024. O USDA publicará outro relatório semanal sobre as vendas atrasadas na sexta-feira, seguindo um cronograma que levará à normalização dos números de exportação somente em 2 de janeiro.
Fonte: T&F Agroeconômica




