A alta de 0,53% do dólar e de 0,54% da cotação de Chicago, nesta segunda-feira, que regulam as exportações, voltaram a impulsionar fortemente os preços do milho no Brasil. Como dissemos no boletim anterior, as empresas consumidoras de milho estão preocupadas com o seu abastecimento nos próximos 26 meses, no Brasil.
Com isto, a média dos preços apurados pelo Cepea registrou fortíssima alta de 2,41%, para R$ 47,54, contra R$ 46,44/saca do dia anterior, na região de Campinas, principal fonte de referência do milho brasileiro, ultrapassando o patamar psicológico de R$ 45,00 e rumando para níveis maiores a médio prazo.
No Rio Grande do Sul, onde os níveis estão mais elevados, no país, os preços atingiram esta semana R$ 44,00 no interior do estado junto aos grandes compradores e um ou dois reais a mais para os pequenos. Continuam as compras de outros estados (PR e MS) e eventualmente do exterior.
No Paraná, com as constantes altas na BMF houve uma retração nas ofertas. Os preços dos negócios durante a semana estiveram entre R$ 39/40,00, no Oeste do estado, mas, no final de semana, o comprador já estava aberto a R$ 40,00 e vendedores pedindo entre R$ 41/42.00.
No Norte do estado foram negociadas 15.000 toneladas de milho safrinha, a R$ 37,00 posto ferrovia, em Maringá. Nos Campos Gerais o preço foi linear a R$ 40,00 tanto nas fábricas locais para mercadoria spot, como para futura e no porto. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caíram para R$ 33,24 (36,96 do dia anterior) para dezembro, R$ 34,33 (38,10) e para março R$ 29,95 (33,42) para maio de 2020.
Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 38,15 (R$ 34,71 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 43,18 (38,25) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 42,42 (37,74) /saca. O milho argentino a R$ 56,85 (57,96) e o americano a R$ 59,99 (60,10) no oeste de SC.
Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo, permaneceram inalterados, nesta sexta-feira, cotados a R$ 5,13/kg, mantendo a variação do mês em 11,28%, positivo. Os preços dos suínos no Paraná também permaneceram inalterados, mantendo a variação do mês em 4,86%, positivo. Os preços do boi gordo em São Paulo nova alta de 0,62%, para R$ 228,80, elevando a valorização do mês para 34,04%.
Fonte: T&F Agroeconômica