Durante a germinação e a emergência, os cotilédones rompem a superfície do solo e inicia-se o crescimento das raízes primárias e laterais. Pelos radiculares funcionais se desenvolvem logo após a emergência, sendo essenciais para a absorção de nutrientes e água quando a planta está nesse estádio inicial.
Figura 1: Soja em estágio VE.

A semente de soja inicia a germinação por meio da absorção de água em quantidades equivalentes a 50% de seu peso. Uma vez embebida a semente, evidencia-se a sua germinação com o crescimento da radícula, ou raiz primária, que se prolonga para baixo, fixando-se sozinha no solo.
Logo após o crescimento inicial da raiz primária, o hipocótilo, isto é, a pequena seção do caule situada entre o nó cotiledonar e a raiz primária, inicia a elongação para a superfície do solo, levando consigo os cotilédones.
A fixação da raiz primária no solo junto com a elongação do hipocótilo estabelece uma alavanca que ergue os cotilédones à superfície do solo, caracterizando-se o estádio de emergência, ou VE (Figura 1).
Figura 1: Germinação e emergência da cultura da soja.

O estádio VE ocorre uma a duas semanas após a semeadura, dependendo das condições de umidade e temperatura do solo e da profundidade de semeadura. As raízes laterais iniciam o seu crescimento a partir da raiz primária antes da emergência.
Práticas de manejo para o estádio VE
- Avalie se a emergência está adequada;
- Cheque o estande inicial e a uniformidade;
- A profundidade ótima das sementes varia entre 2,5 e 5 cm;
- Semeadura profunda (maior que 5 cm), elevada temperatura do solo, ataque de insetos e doenças prejudicam a emergência final. Se o estande for inadequado a ressemeadura poderá ser necessária.
Na maioria dos casos, a soja deveria ser semeada a uma profundidade de 2,5 a 4,0 cm e nunca em profundidade acima de 5,0 cm. A habilidade da plântula de soja em romper a crosta do solo durante a emergência diminui com semeaduras mais profundas. Alguns cultivares são especialmente sensíveis a semeaduras profundas. Além disso, as temperaturas mais amenas do solo, em maiores profundidades, causam crescimento mais lento e diminuição na disponibilidade de nutrientes.
Doses pequenas de fertilizantes, colocadas em uma faixa de 2,5 a 5,0 cm de profundidade ao lado e ligeiramente abaixo da semente, podem estimular o crescimento inicial da planta, caso as temperaturas do solo ainda estejam baixas. As raízes não são atraídas para essa faixa de colocação dos fertilizantes.
Assim, o adubo de semeadura deve ser colocado onde as raízes estarão. A colocação do fertilizante muito próximo ou junto à semente pode causar injúrias na planta jovem. As plantas daninhas competem com a soja por luz, água e nutrientes.
Operações de cultivo, uso de herbicidas, obtenção de estandes uniformes e rotação de culturas são métodos úteis para controlar as plantas daninhas. O cultivador rotativo é uma ferramenta excelente para o controle inicial da planta daninha antes e logo após a emergência da soja.
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Fonte das informações: IPNI.
Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.