Em MT o Imea divulgou o relatório de comercialização de algodão referentes ao mês de abril para a safra 20/21, apontando alta nas despesas dos cotonicultores. Desta forma, o custo variável apresentou um incremento de 2,18% quando comparado ao do mês passado, ficando previsto em R$ 9.119,01/ha.
Tal aumento se deve à valorização do dólar em abril, que fomentou os preços dos insumos agrícolas, principalmente, os micronutrientes, fungicidas e herbicidas. Com isso, o custo operacional apresentou uma variação de +2,11%, ante o mês passado, fechando em R$ 9.786,04/ha.
Sendo assim, para que o produtor consiga cobrir suas despesas, é necessário que negocie a sua pluma pelo menos a um preço médio de R$ 78,75/@. Por fim, ainda é importante que os cotonicultores continuem atentos à alta do dólar, para que consigam controlar as suas despesas diante desse cenário de desaceleração da economia internacional.
Confira os principais destaques do boletim:
• Seguindo a mesma trajetória de queda da semana passada, o indicador Imea-MT registrou um recuo de 0,71%, ficando cotado a um valor de R$ 80,48/@.
• Diante de uma melhora nas cotações da ICE, aliada à alta do dólar, as paridades de exportações apresentaram uma valorização semanal de 5,92% e 8,72%, para os contratos jul/20 e dez/20, respectivamente.
• Ainda pautada no impacto da Covid-19, na desaceleração mundial e na insegurança política interna brasileira, a moeda norte americana exibiu uma variação de +3,46% na semana, e ficou cotada a uma média de R$ 5,88/US$.
• Em Mato Grosso o preço do caroço de algodão tem se mantido em alta no mercado, visto a menor disponibilidade do subproduto no estado. Com isso, o preço semanal fechou em R$ 604,28/t, com uma variação de +0,51%.
Queda no consumo:
O USDA divulgou o relatório de oferta e demanda mundial para a pluma de algodão. Segundo o Departamento, a produção mundial para a safra 19/20 avançou 0,76% em relação ao mês passado, ficando prevista em 26,71 milhões de toneladas.
Já pelo lado da demanda, com a forte desaceleração da economia mundial devido aos impactos da Covid-19, o consumo apresentou uma retração de 5,07%, passando a ser de 22,88 milhões de toneladas de fibra.
Com isso, os estoques ficaram em 21,15 milhões de toneladas, acréscimo de 6,46% ante o relatório passado. Para a safra 20/21, o USDA apontou uma recuperação na economia global, o que refletiu no avanço do consumo em 10,94% quando comparada à safra 19/20, no entanto, os estoques ainda se mantêm elevados nesta primeira previsão.
Por fim, o mercado aguardava de fato maiores estoques, porém a alta na demanda para a safra futura fomentou a elevação no preço da pluma na bolsa de NY na última semana.
Fonte: Imea
