Os preços dos coprodutos do algodão em Mato Grosso apresentaram valorização na última semana (22/11), alcançando os maiores patamares do ano. A cotação do caroço de algodão disponível no estado registrou incremento de 1,77% em relação à semana passada, precificada em R$ 736,02/t, a maior média semanal registrada em 2024.
Essa alta é reflexo da maior demanda por coprodutos para a alimentação animal, incluindo a torta de algodão, que também exibiu aumento de 0,92% no mesmo período, ficando precificada em R$ 760,56/t. Além disso, o óleo de algodão disponível fechou a semana negociado a um preço médio de R$ 5.062,14/t, atingindo a maior média semanal desde mai/23.
Vale destacar que, segundo o Imea, até out/23 restavam 21,07% da produção total de caroço de algodão no estado para comercialização, o que mantém as expectativas de alta nos preços nas próximas semanas.
RETRAÇÃO: a paridade de exportação para o contrato de jul/25 apresentou baixa de 1,99% quando comparada com a da semana passada, pautada pelo recuo nos preços na bolsa de NY.
QUEDA: na bolsa de NY, o preço do algodão para o contrato de jul/25 registrou redução semanal de 1,33%, pressionado pelas perspectivas de oferta e demanda nos EUA.
DIMINUIÇÃO: o preço Cepea da pluma registrou recuo de 0,76% no comparativo semanal, pressionado, principalmente, pela desvalorização externa do algodão.
A segunda estimativa da safra 24/25 para a oferta e demanda brasileira de algodão apresentou aumento na produção do país
De acordo com a Conab, na estimativa de nov/24, o Brasil deve produzir 3,70 mi de t de pluma na safra 24/25, 0,07% acima do colhido na safra 23/24. Esse cenário é reflexo da previsão de aumento de 3,27% na área de cultivo de algodão, que deve alcançar 2,00 milhões de hectares no país.
Pelo lado da demanda, a Companhia estima que 710,00 mil t sejam consumidas no país, 2,16% acima do previsto para a safra 23/24, enquanto 2,93 mi de t devem ser embarcadas para o exterior, sendo 2,73% acima do ciclo passado, e que, se consolidada, será o maior volume exportado da série histórica.
Sendo assim, com maiores estoques de passagem da safra 23/24 para 24/25, impulsionando a oferta do ciclo atual para 6,03 mi de t e a demanda estimada em 3,64 mi de t, a previsão da Conab é de que os estoques finais para a safra 24/25 fiquem em 2,39 mi de t, 2,80% acima do projetado para a safra 23/24, devido à maior produção no ciclo.
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Fonte: IMEA