O mercado brasileiro de milho deve continuar com postura retraída dos consumidores nas negociações, aguardando uma queda nos preços e um avanço por parte dos produtores na fixação de oferta. Com o andamento da colheita da safrinha, os agentes ficam também atentos ao quadro climático do país. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta, enquanto o dólar cai frente ao real.

A dinâmica do mercado brasileiro de milho seguiu inalterada nesta quarta-feira, com cotações estáveis. Os consumidores atuam com pouca força nas negociações, fechando lotes pontuais, aguardando a entrada de maiores volumes de oferta no futuro próximo devido à safrinha. Em alguns estados, como no Paraná e São Paulo, as colheitas estão atrasadas por contas das chuvas ocorridas recentemente.

Por outro lado, os produtores estão avançando na fixação de oferta, mas um pouco mais cautelosos. Os agentes do mercado estão prestando atenção no movimento dos futuros do milho (CBOT e B3), na valorização do real frente ao dólar e na paridade de exportação. Há também expectativas em torno do relatório do USDA que será divulgado amanhã.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 66,00/70,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 63,00/69,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 60,00/62,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 64,00/66,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 67,00/70,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 68,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 68,00/69,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 59,00/62,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 52,50/55,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho estão cotados a US$ 4,39 1/2 por bushel, alta de 2,50 centavos de dólar, ou 0,57%, em relação ao fechamento anterior.

* O mercado firma ganhos por boas perspectivas de produção nos Estados Unidos. A desaceleração acentuada do dólar frente a outras moedas correntes também sustenta as cotações. Além disso, investidores ajustam suas posições à espera do relatório de oferta e demanda de junho, previsto para quinta-feira (12).

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,795 bilhões de bushels de milho em 2025/26, ficando abaixo do volume indicado em maio, de 15,820 bilhões de bushels, embora acima da produção na safra 2024/25, de 14,867 bilhões de bushels.

* A produtividade média da safra 2025/26 estadunidense deve ser indicada em 180,9 bushels por acre, aquém dos 181 bushels por acre apontados em maio e acima dos 179,3 bushels por acre registrados na safra 2024/25.

* Os estoques finais de passagem da safra 2025/26 norte-americanos devem ser indicados em 1,792 bilhão de bushels, abaixo dos 1,8 bilhão de bushels indicados no mês passado. Para a safra 2024/25, os estoques finais de passagem devem ser reduzidos de 1,415 bilhão de bushels para 1,386 bilhão de bushels.

* Ontem (11), os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com baixa de 1,75 centavo, ou 0,39%, cotados a US$ 4,37 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com recuo de 0,25 centavo, ou 0,05%, cotados a US$ 4,39 3/4 por bushel.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera em baixa de 0,06%, cotado a R$ 5,5348. O Dollar Index registra desvalorização de 0,83% a 97,81 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, +0,01%. Japão, -0,65%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, -0,56%. Frankfurt, -0,99%. Londres, +0,21%.

* O petróleo opera com preços mais baixas. Julho do WTI em NY: US$ 66,96 o barril (-1,74%)

AGENDA

– Relatório de oferta e demanda junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 13h.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (13/06)

– Japão: A leitura revisada da produção industrial de abril será publicada à 1h30 pelo ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Alemanha: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de maio será publicada às 3h pelo Destatis.

– Eurozona: A produção industrial de abril será publicada às 6h pelo Eurostat.

– Eurozona: O saldo da balança comercial de abril será publicado às 6h pelo Eurostat.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Fonte: Pedro Carneiro / Safras News



 

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