A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o algodão fechou com preços acentuadamente mais altos nesta terça-feira.
Os preços dispararam no dia, primeiro na expectativa para o relatório de oferta e demanda de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que foi divulgado nesta terça-feira, com a expectativa de dados altistas com cortes nos estoques globais e americanos. Depois, o relatório confirmou essa expectativa e o mercado manteve os bons ganhos. A alta do petróleo contribuiu para a subida do algodão.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, o relatório foi altista efetivamente, com reduções nos dados dos estoques tanto dos EUA quanto mundiais. A produção não teve maiores alterações, mas foram elevados dados de embarques e assim no lado da demanda justificou-se o corte nas estimativas de estoques.
O relatório estimou a produção de algodão dos EUA na temporada 2020/21 em 14,95 milhões de fardos, mesmo patamar do relatório anterior. Para a safra 2019/20, são esperados 19,91 milhões de fardos.
As exportações deverão ficar em 15,5 milhões de fardos em 2020/21, ante 15,25 milhões no mês passado. O consumo interno foi previsto em 2,4 milhões de fardos para 2020/21, mesmo nível do relatório anterior. Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais norte-americanos foram previstos em 4,3 milhões de fardos para a temporada 2020/21, ante 4,6 milhões no mês anterior. Para a safra 2019/20, são esperados 7,25 milhões de fardos.
O USDA estimou a produção global de algodão em 114,14 milhões de fardos, ante 112,87 milhões no mês passado. Para 2019/20, são esperados 122,12 milhões de fardos. As exportações mundiais de algodão foram estimadas em 43,90 milhões de fardos para 2020/21, ante 43,56 milhões no mês passado. A estimativa para o consumo mundial é de 117,21 milhões de fardos, ante 115,73 milhões de fardos em 2019/20. Os estoques finais foram projetados em 95,74 milhões de fardos, ante 96,32 milhões projetados no mês passado.
A expectativa é que a China colha 29 milhões de fardos na temporada 2020/21, ante 27,9 milhões no mês passado. A produção do Paquistão para 2020/21 foi prevista em 4,5 milhões de fardos, ante 4,3 milhões no mês anterior. O Brasil tem a safra 2020/21 estimada em 12 milhões de fardos, mesmo patamar do mês passado.
A produção indiana de algodão deve chegar a 29 milhões de fardos em 2020/21, ante 29,5 milhões no mês passado. Os Estados Unidos deverão colher 14,95 milhões de fardos em 2020/21, mesmo patamar do mês passado.
Os contratos com entrega em março/2021 fecharam no dia a 86,93 centavos de dólar por libra-peso, alta de 2,65 centavos, ou de 3,1%. Maio/2021 fechou a 88,13 centavos, com valorização de 2,53 centavos, ou de 2,9%.
Fonte: Agência SAFRAS