Por Argemiro Luís Brum
A cotação do trigo, para o primeiro mês cotado em Chicago, se manteve ao redor de US$ 5,00/bushel em boa parte da semana, situação que durava desde o final de setembro. O fechamento desta quinta-feira (23), porém, registrou uma elevação um pouco mais consistente, com o bushel chegando a US$ 5,13, contra US$ 5,02 uma semana antes.
Com a paralisação do serviço público estadunidense não há praticamente informações adequadas na área internacional.
Já aqui no Brasil, os preços voltaram a recuar, com as principais praças gaúchas trabalhando com R$ 60,00/saco e o Paraná entre R$ 64,00 e R$ 66,00.
A principal notícia é que o clima vem provocando prejuízos nas lavouras do Paraná, estado que já havia colhido 77% de sua área até o início da presente semana. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul alcançava uma colheita ao redor de 3%.
Em tal contexto, a Conab estima que a produção total brasileira possa ser um pouco melhor do que as 7,5 milhões de toneladas que a iniciativa privada vem indicando há algumas semanas. O órgão público avança, agora, uma produção final de 7,67 milhões de toneladas, sendo 3,7 milhões no Rio Grande do Sul, 2,5 milhões no Paraná, 429.700 toneladas em Minas Gerais, 392.300 toneladas em Santa Catarina e 354.900 toneladas em São Paulo.
É bom destacar que a iniciativa privada espera uma colheita um pouco diferente, com 3,3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul e 400.000 toneladas em São Paulo. Os estoques finais nacionais ficariam em 528.800 toneladas (cf. StoneX).
A Conab ainda estabelece que a produtividade média possa crescer 21,8% sobre o ano anterior, chegando a 3.142 quilos/hectare, enquanto a área total semeada no país recuou 19,9%, para 2,45 milhões de hectares.
Enfim, para informação, o Brasil é o maior mercado global de padarias independentes em número de estabelecimentos, com 70.235 unidades ativas e um faturamento anual de US$ 5,12 bilhões. Em 2024, esse segmento respondeu por aproximadamente 2,4 bilhões de compras, o que representa 10% do total do serviço de alimentação no país. O setor representa 6,4% do PIB de bares e restaurantes e emprega milhões de pessoas de forma direta e indireta.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).







