Por Dr. Argemiro Luís Brum

As cotações do milho, em Chicago, recuaram também nesta semana. O primeiro mês cotado voltou a romper o piso dos US$ 4,00/bushel, chegando a US$ 3,98 no dia 23/07 e fechando a quinta-feira (24) em US$ 4,01, contra US$ 4,02/bushel uma semana antes.

O bom andamento da nova safra estadunidense é um dos motivos. As condições das lavouras de milho, nos EUA, no dia 20/07, se apresentavam com 74% entre boas a excelentes, 20% regulares e apenas 6% entre ruins a muito ruins.

Por outro lado, os embarques estadunidenses do cereal, na semana encerrada em 17/07, ficaram abaixo do esperado pelo mercado, atingindo a 983.625 toneladas. Com isso, o total exportado pelos EUA, no atual ano comercial, chega a 58,8 milhões de toneladas, ainda 29% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

E no Brasil os preços continuam com viés de baixa, na medida em que a safrinha vai entrando. A média gaúcha fechou a semana em R$ 62,05/saco, enquanto as principais praças se mantêm em R$ 60,00. Nas demais regiões do país os preços oscilaram entre R$ 44,00 e R$ 62,00/saco.

Segundo analistas privados, o total colhido no país, até o início da presente semana, chegava a 53,3% da área semeada, contra 77,3% em igual momento do ano anterior e 57,7% na média histórica (cf. Pátria Agronegócios). Já a Conab avança um colheita de 55,5% da área até o dia 20/07, contra 79,6% no mesmo período do ano passado e 60,6% na média histórica. E levando-se em conta apenas o Centro-Sul brasileiro a colheita atingia a 55% da área no dia 17/07, contra 82% um ano atrás (Cf. AgRural)

Já a produção total de milho no Brasil está com projeções em crescimento, podendo ficar entre 136 e 150 milhões de toneladas, sendo que a safrinha poderá ficar entre 105 e 110 milhões.

Especificamente no Mato Grosso, a colheita teria chegado a 77,3% da área, na entrada da presente semana, contra a média histórica de 86,8% (cf. Imea). E no Paraná, segundo o Deral, a colheita da safrinha atingia a 53% da área semeada, sendo que 16% do que faltava colher continuavam em situação ruim.

Enfim, as exportações de milho brasileiro, nos primeiros 14 dias de julho, atingiram a 900.167 toneladas, sendo este volume apenas 25,3% do total exportado em todo o mês de julho do ano passado. Com isso, a média diária, em relação a julho/24, é de um recuo de 58,4% nos volumes exportados. Dito isso, o ritmo das vendas externas está melhorando. Por outro lado, o preço médio pago por tonelada avançou 9%, saindo de US$ 197,20 em julho de 2024 para US$ 214,90 até agora, em julho de 2025.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.