Por Argemiro Luís Brum
As cotações do milho, em Chicago, subiram um pouco nesta semana, com o fechamento desta quinta-feira (30) ficando em US$ 4,30//bushel, contra US$ 4,28 uma semana antes.
Nos EUA, os embarques de milho, na semana encerrada em 23/10, ficaram em 1,2 milhão de toneladas, se estabelecendo dentro do que o mercado esperava. Com isso, o país norte-americano chega a um total de 10,5 milhões de toneladas exportadas do cereal, no atual ano comercial, o que equivale a 58% acima do volume exportado em igual momento do ano anterior.
Já no Brasil, os preços continuam relativamente estáveis. A média gaúcha fechou a semana em R$ 62,56/saco, enquanto as principais praças locais continuaram com R$ 60,00. Já nas demais regiões do Brasil os preços do cereal oscilaram entre R$ 48,50 e R$ 61,00/saco.
Dito isso, o plantio da safra de verão 2025/26 atingiu, no dia 23/10, a 55% da área esperada no Centro-Sul brasileiro, estando levemente mais adiantado do que o plantio realizado no mesmo período do ano anterior. O Sul do país estando com o plantio praticamente encerrado (98% no Paraná e 90% no Rio Grande do Sul), o mercado volta suas atenções para a semeadura no Sudeste e Centro-Oeste (cf. AgRural).
Por sua vez, no conjunto do Brasil, segundo a Conab, o plantio da safra de verão de milho atingia a 40% da área esperada, ficando praticamente dentro da média.
Enfim, as exportações brasileiras de milho, nos primeiros 18 dias úteis de outubro chegaram a 5,15 milhões de toneladas, com a média diária ficando apenas 1,8% abaixo do registrado em igual mês do ano passado. O volume só não é maior porque os preços pagos na exportação (R$ 66,50/saco para pagamento em novembro e R$ 67,00/saco para dezembro) não agradam aos produtores. Assim, neste ritmo o país irá exportar, no atual ano comercial, entre 38 e 40 milhões de toneladas de milho. Muito abaixo do registrado no ano anterior. O preço médio pago por tonelada do cereal brasileiro cresceu 5,8%, no período, indo de US$ 199,10 em outubro de 2024 para US$ 210,70 em outubro de 2025.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).







