Por Argemiro Luís Brum

O primeiro mês cotado, em Chicago, fechou em US$ 4,21/bushel no dia 16/10 (quinta-feira), contra US$ 4,18 uma semana antes. Também aqui a falta de informações estatísticas do setor público dos EUA, devido a paralisação de seus serviços, complica uma análise mais aprofundada.

O que se tem é que o clima mais seco nos EUA está favorecendo o avanço da colheita, aumentando a oferta (cf. Agrinvest). No Golfo do México foram registradas exportações de milho estadunidense para o México, Japão, Coreia e Colômbia (cf. Brandalizze Consulting).

E no Brasil os preços retomaram um pequeno viés de alta. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) voltou à casa dos R$ 65,00/saco, graças ao recuo dos vendedores e do aquecimento pontual da demanda. Vendedores estão atentos ao clima para a semeadura da safra verão. O retorno das chuvas melhora as condições de plantio da safra de verão, enquanto as exportações brasileiras em setembro apresentaram bom ritmo, dando suporte aos preços nos portos e no interior do País. Do lado comprador, parte dos agentes buscam recompor os estoques, mas muitos ainda indicam possuir volumes para o curto prazo, o que, de certa forma, limita maiores valorizações do cereal (cf. Cepea).

Segundo a Conab, até o dia 11/10 o plantio da nova safra de verão atingia a 31,2% da área esperada, superando os 30,7% da média dos últimos cinco anos. No Paraná, este plantio já atingia a 90%, enquanto no Rio Grande do Sul o mesmo estaria acima de 80% da área esperada.

Por outro lado, nos primeiros oito dias úteis de outubro o Brasil exportou 2,6 mihões de toneladas de milho, com a média diária sendo 12% superior ao registrado em todo o mês de outubro de 2024 (cf. Secex). Mas o volume total, até agora exportado, tem sido abaixo do esperado e do necessário, levando-se em conta a produção recorde que o país teve neste último ano.

Enfim, o preço médio pago pela tonelada exportada aumentou 5,8% no período, indo de US$ 199,10 em outubro de 2024 para US$ 210,70 em outubro de 2025.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

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