Chicago ainda está acima de $ 10,00/bushel? Considere fixar alguma coisa

A cotação da soja para maio de 2021 caiu 13,5 pontos nesta segunda-feira, para $ 1015,50, mas, ainda está acima de dez cents/bushel, nível que os analistas da TF Agroeconômica (que está se roupa nova) consideram excelente para a próxima temporada e que tem várias razões para acreditar que não estará quando a próxima safra for colhida no Brasil. Apesar do atraso no plantio da América do Sul, a safra brasileira deverá ser (muito) maior do que a deste ano e pressionará Chicago a partir de março.

Assim, nossa recomendação é, se você tem contratos de exportação de soja FOB ESTIVADO (que é diferente das vendas sobre rodas no porto) para a próxima temporada, aproveitar para fixar a cotação na CBOT (não o prêmio, porque este vai aumentar, como explicamos na última sextafeira).

No RS preço chega a R$ 150,00/saca em Passo Fundo diante da escassez de matéria-prima e retenção dos vendedores

Outro dia tenso para preços de soja: indústrias seguem querendo comprar, mas, há muito poucas ofertas, não apenas porque há pouca disponibilidade física, mas porque o agricultor, capitalizado, pede sempre preços maiores. Então tinha preços para outubro e para novembro, muito distintos: para outubro no porto subiu 2 reais/saca para R$ 145,00, 2 reais/saca também em Canoas para R$ 147,00, em Ijuí para R$ 145,00, em Cruz Alta R$ 145,00 e para R$ 150,00 em Passo Fundo, todos para entrega em novembro. Mas, as indústrias se queixam de que está difícil repassar estes preços elevadíssimos da soja para o farelo.

Soja futura subiu mais um real/saca para R$ 130,00 entrega e pagamento em maio de 2021.

No Paraná, mercado se animou de manhã, mas, com a queda de Chicago e do dólar parou tudo

O mercado esteve ativo por pouco tempo, hoje. Com a abertura de Chicago, as cotações foram caindo, até fechar com dois dígitos de queda e desestimular as fixações naquele mercado futuro. Mesmo com a alta do dólar no Brasil, o resultado não foi animador e o mercado travou na parte da tarde.

No mercado de balcão o preço oferecido ao agricultor na região de Ponta Grossa permaneceu R$ 125,00. Na tabela nº 1 acima pode-se ver os preços para os produtores em outras praças, que ficaram entre R$ 121,00 e R$ 135,00/saca.

No mercado de lotes, para entrega em setembro o preço permaneceu inalterado a R$ 145,00/saca, em Ponta Grossa, mas, pagamento final de novembro. No interior dos Campos Gerais o preço também recuou um real/saca para R$ 143,00, retirada outubro, pagamento em novembro.



Em Paranaguá a cotação do mercado disponível se manteve em R$ 145,00, entrega setembro, pagamento final de outubro. Para safra nova no porto entrega Abril com pagamento 30/04/21 R$ 121,50 (121,00 anterior); entrega Maio com pagamento 30/05/21 R$ 120,60 (121,60); entrega Junho com pagamento 30/06/21 R$ 122,50 (122,20); entrega Julho com pagamento 30/07/21 R$ 123,70 (123,40).

Na Ferrovia, em Maringá, para a safra 2021, entrega até 25/01, pagamento 15/02 – ideia R$ 117,00 (116,50 anterior); entrega até 15/04, pagamento 30/04 – ideia R$115,50 (115,00); entrega até 15/05, pagamento 31/05 – ideia R$ 116,00 (115,50); entrega até 15/06, pagamento 30/06 – ideia R$ 117,00 (116,50); entrega até 15/07, pagamento 30/07 – ideia R$ 117,50 (117,00).

Para a safra 2021, o preço recuou 2 reais/saca para R$ 123,00/saca, em Ponta Grossa, entrega e pagamento abril/abril.

No Mato Grosso do Sul, as fábricas estão fazendo hora extra, rodando acima da sua capacidade média

O Relatório Granos, recebido nesta segunda-feira, registra que em agosto, as seis indústrias esmagadoras de soja do estado trabalharam 12.270 tons/dia, cerca de 9,55% acima da sua capacidade média normal de 11.200 tons/da, esmagando 346.470 toneladas, contra 331.620 toneladas esmagadas em nos 31 dias de julho.Isto mostra a forte demanda atual por óleo e farelo de soja do mercado brasileiro.

No Mato Grosso embora com atraso no plantio, a safra deverá ser muito grande

Relatório do IMEA desta segunda-feira registra que o início das chuvas está mais atrasado neste ano em MT e, com isso, a maior parte dos produtores deve aguardar as primeiras precipitações para começar a semeadura da cultura. Essa condição também está sendo considerada por agricultores que cultivam algodão segunda safra (os quais costumam semear parte da soja “no pó”).

Uma das justificativas é que o acumulado de chuva em 2020 foi menor que o dos últimos anos, o que deixou o solo com pouquíssima umidade até aqui. Porém, vem chuva por aí: as
previsões para os próximos 5 dias indicam volumes acima de 12 mm na média do estado (TempoCampo), o que, se confirmado, ficará próximo do registrado em set/19. Para quem não lembra, em decorrência dos menores volumes em set/19, a semeadura da temporada 19/20 iniciou com atraso, porém não é somente isso que define o sucesso da safra, tanto é que neste período os produtores colheram uma produção recorde.

Fonte: T&F Agroeconômica

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