Na abertura do 24o Congresso Brasileiro do Agronegócio, que está sendo realizado hoje em São Paulo (SP), que tem como tema “Agroalianças”, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, ressaltou que, após 80 anos, o comércio mundial passou por mudanças, com a perda do multilateralismo. “Enfrentamos desafios globais urgentes, com a fragilização do multilateralismo. Vivemos num mundo marcado por sanções. O recente tarifaço dos Estados Unidos traz uma nova geopolítica mundial complexa”, disse.
De acordo com Carvalho, a perspectiva global para os próximos dez anos é de complexidade. “Temos agora potências com poderes bélicos que inserem conflitos regionais. Do ponto de vista econômico, as tarifas refletem um reposicionamento dos EUA num mundo fragmentado. Por isso, o diálogo é fundamental para lidar com as transformações que estamos passando”, analisa.
O presidente da ABAG disse que o agronegócio brasileiro vem sendo construído tijolo a tijolo, sendo responsável por grande parte do PIB do país. “Teremos na COP 30 no Brasil a oportunidade de ser uma vitrine positiva para mostrar a revolução verde. O aquecimento global é uma ameaça existencial para a humanidade e o Brasil tem produzido bons resultados econômicos e sociais por meio da integração-lavoura-pecuária-floresta e da integração entre a agricultura e a indústria”, avalia.
Conforme Carvalho, as agroalianças são cada vez mais necessárias para fortalecer os pilares que estão fragilizados hoje, sob o ponto de vista da segurança alimentar e energética. “O mundo oferece enormes oportunidades ao Brasil, por ser sustentável em biocombustíveis. Também é possível ao país construir pontes com os Estados Unidos e a China para garantir a segurança alimentar”, finaliza.
Fonte: Arno Baasch – Safras News