O Ministério da Agricultura argentino lançou a “Iniciativa 200 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas”, que visa impulsionar a produção desses grãos na próxima década.
A medida, que foi formalizada por meio de resolução publicada na quarta-feira (14) no Diário Oficial da União, propõe um mecanismo para o desenvolvimento de políticas públicas consensuais para atingir 200 milhões de toneladas anuais de cereais, oleaginosas e leguminosas exportadas até 2030.
“Isso geraria um acréscimo valor e receita cambial suficiente para estabilizar a economia, proporcionando uma base estável e possível para o desenvolvimento de outras atividades e setores econômicos viáveis, inclusivos e competitivos”, de acordo com o texto oficial.
Agricultura sublinhou que, a partir desta iniciativa, pretende “desenvolver e pactuar medidas de política pública que, se implementadas, gerem excedentes a curto e médio prazo para incentivar a produção sustentável, a agregação de valor na origem e a geração de fontes de trabalho necessário para reativar a economia do nosso país”.
“Essas medidas poderiam consistir em mecanismos de benefícios fiscais, acesso a financiamento, redução do custo de produção e das taxas de empréstimos bancários, amortização acelerada de bens de capital, entre outros”, explicou o ministério.
No que diz respeito à produção de grãos, estima-se que um aumento da produção de 60 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas, considerando uma primeira transformação desses produtos, significaria um aumento no valor das exportações de aproximadamente 20 bilhões de dólares.
Além disso, o Governo estimou uma recuperação entre 500.000 e 1 milhão de hectares agrícolas em zonas de exclusão ou tampão com o uso de novas tecnologias seguras, com uma redução de até 80% no uso de agroquímicos.
Isso representaria aproximadamente uma receita normalizada e sustentada com as exportações de cerca de US $ 2 bilhões”, frisou.
Para o Poder Executivo, o setor “tem potencial para ver as exportações do agronegócio aumentadas em pelo menos 60%, chegando a 57 bilhões de dólares em um período de cinco a dez anos”.
Fonte: eFarmNewsAr