A semana foi negativa para o mercado brasileiro de soja. Os negócios seguiram escassos e os preços recuaram no interior e nos portos, acompanhando a sinalização da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O dólar subir, mas segue na casa de R$ 5,30/5,35, insuficiente para trazer o produtor de volta aos negócios.

A saca de 60 quilos recuou de R$ 134,00 para R$ 130,00 durante a semana, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preços baixou de R$ 134,50 para R$ 130,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 127,00 para R$ 126,00. No Porto de Paranaguá, o preço perdeu R$ 2,50, sendo cotado a R$ 136,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro tiveram desvalorização de 1,37%, cotados na manhã da sexta na casa de US$ 10,11 1/2 por bushel. O cenário fundamental voltou a pressionar as cotações internacionais.

A colheita avança sem contratempos nos Estados Unidos, adicionando uma safra cheia americana em um mercado já bem ofertado. Esse quadro encontra uma demanda estagnada da China pelo produto americano. As negociações comerciais não avançam e os asiáticos seguem priorizando o produto sul-americano.

Nessa semana, esse quadro teve um novo capítulo com a retirada das retenções argentinas. Na tentativa de garantir ingresso de dólares, o governo argentino fez esse movimento e atingiu a meta de entrada da moeda americana em apenas 3 dias. Com isso, a taxa de exportação foi retomada.

Mas não sem causar impacto no mercado internacional. Estima-se que os chineses programaram a compra de pelos menos 40 cargas de soja argentina, o que pressionou Chicago. A queda nos referenciais na principal bolsa do mundo também atingiu as cotações no Brasil.

O câmbio amenizou um pouco esse impacto, abrindo algumas janelas de oportunidade, mas nada envolvendo grandes volumes. A moeda americana era cotada na sexta de manhã a R$ 5,36, com uma alta na semana de 0,7%.

Estoques trimestrais

Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de setembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em igual período de 2024.

A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 322 milhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 13hs, na terça, dia 30. Em igual período de 2024, o número era de 342 milhões de bushels.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

FONTE

Autor:Dylan Della Pasqua / Safras News

Site: Safras News

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.