Com a nova alta do dólar e vendo que a sua matéria prima está sendo direcionada à exportação, as indústrias esmagadoras de soja no Brasil decidiram garantir o seu abastecimento e adquiriram a maior parte das 700 mil toneladas negociadas no país, nesta segunda-feira.

A nova alta de 0,37% do dólar (veja as razões abaixo), que elevou a cotação da moeda americana aos níveis mais elevados dos últimos 11 meses, somadas à alta de 10,50cents/bushel das cotações de Chicago, levaram os preços oferecidos pelas Tradings nos portos brasileiros a avançarem 1,27% para a média de R$ 88,56/saca (87,43, do dia anterior)/saca no mercado spot, embora em alguns portos tenha atingido R$ 90,00/saca para embarque e pagamento em setembro (maio atingiu R$ 86,00, excelente preço!).

Desta forma, os ganhos da soja exportada em agosto também voltaram a subir para 14,58% (13,12%), segundo o Cepea.

No mercado interno a alta foi maior, de 1,77%, contra 0,47% do dia anterior; os preços médios oferecidos pelas indústrias esmagadoras estão se mantendo no território positivo já por sete dias ininterruptos, saltando para R$ 82,32 (80,93)/saca, aumentando os ganhos do mês para 13,84% (11,86)%.



Margem de esmagamento das indústrias chinesas caiu, esfriando a demanda e os prêmios nesta segunda-feira

Como a margem de esmagamento (crush margin) das indústrias chinesas está reduzida, no mercado à vista, a demanda deste país esteve ausente, esfriando o mercado de prêmios. Na verdade, a atividade maior desta segunda-feira foi das indústrias brasileiras, que estavam assistindo a sua matéria prima ser encaminhada para a exportação e resolveram se posicionar fortemente, com percentuais maiores, como mostramos acima e compraram grandes volumes.

Os prêmios FOB de exportação voltaram aos mesmos níveis da última quinta-feira, mas os prêmios CIF portos da China da soja brasileira aumentaram cerca de 10 cents/bushel para +265X para outubro e atingiram +160H para março.

No porto chinês de Dalian os preços finais da soja fecharam o dia em nova leve queda a US$ 477,60, contra US$ 480,06 do dia anterior. O farelo fechou em alta a US$ 417,05/t, contra US$ 415,63 do dia anterior e o óleo de soja recuou para US$ 858,98, contra US$ 859,46 do dia anterior.

Fonte: T&F Agroeconômica

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