A expectativa de colher uma safra mais enxuta de milho 2020/21 no Brasil tem sido confirmada pelo desenvolvimento do ciclo de inverno, a safrinha, impactada por um nível muito baixo de umidade, especialmente entre o início de abril e meados de maio no Centro-Sul do país.
“Ainda que algumas regiões tenham recebido bons volumes de chuvas no final de maio, a precipitação registrada não foi capaz de promover melhoras na safra, apenas limitar danos mais intensos”, avaliou a StoneX, em relatório divulgado nesta terça-feira (01).
Segundo revisão de junho do grupo, a produção do cereal (na safrinha) deve atingir 62 milhões de toneladas, queda de 14,7% em relação ao número de maio e de 17,1% em comparação à safra anterior.
Em meio à brusca redução na oferta proveniente da 2ª safra, a produção total, que considera o número da 3ª safra da Conab, em 1,9 milhão de toneladas, recuou para 89,7 milhões de toneladas, o menor volume desde a temporada 2017/18.
Mesmo diante de um cenário de significativa retração na disponibilidade do cereal no Brasil e em um quadro de preços muito fortalecidos, a demanda doméstica por milho segue firme. Apesar da leve redução na estimativa de consumo interno da StoneX, para 71,5 milhões de toneladas, o volume ainda seria um recorde.
Pelo lado do comércio internacional, a importação do cereal foi elevada para 2,5 milhões de toneladas pelo grupo, enquanto as exportações foram reduzidas para 21 milhões. “Ambas as alterações são reflexos da combinação entre a menor oferta de milho do país e os elevados preços pedidos pelo grão”, resume.
Fonte: Assessoria de imprensa StoneX