Em vídeo divulgado no canal no Youtube pelo pesquisador Marcelo Gripa Madalosso, são abordadas as particularidades técnicas do complexo Magnaporthe ou Pyricularia, mostrando as 5 espécies patogênicas (P. oryzae, P. grisea, P. salvinii, P. poae e P. rhizophila). “Algumas estratégias de manejo como escape, podem ajudar muito, inclusive na preparação para o manejo químico quando as condições forem favoráveis”, destaca o pesquisador.


Brusone em lavouras de trigo no Brasil Central- Safra 2019


Marcelo afirma que tem ocorrido muito a presença de Brusone e Pyricularia, em áreas de trigo, aveia e de azevém, especialmente no período de inverno, sobretudo em virtude do manejo antecipado que foi adotado neste ano.

Alguns pesquisadores também utilizam o termo complexo Magnaporthe, sendo assim chamada a fase sexuada da Pyricularia. O patógeno já é conhecido entre os produtores de arroz, neste ano também surpreendeu produtores da região de Holambra com uma infecção muito precoce de Pyricularia em lavouras de trigo, primeiramente por ser confundido com uma bactéria em virtude de que o controle químico normal com triazóis nas doses que são usadas ser insuficiente, chegando a essa possibilidade que posteriormente foi confirmada como sendo Pyricularia.

O complexo Magnaporthe ou complexo Pyricularia compreende cinco espécies patogênicas possíveis, que são elas:

  • Pyricularia oryzae;
  • Pyricularia grisea;
  • Pyricularia salvinii;
  • Pyricularia poae;
  • Pyricularia rhizophila.

Dentre elas, a Pyricularia oryzae e Pyricularia grisea são as mais comuns e mais encontradas, Pyricularia poae e Pyricularia rhizophila causam danos no colmo e em estruturas iniciais de raízes, relatadas na Ásia em arroz, por exemplo. Já a Pyricularia salvinii, Pyricularia grisea e a Pyricularia oryzae são mais comuns causando danos na área foliar.

Condições favoráveis para o patógeno sobreviver

  • A Pyricularia não se adapta às noites frias, necessitando temperaturas acima de 20 °C;
  • Têm preferência por dias nublados, com mais sombra e adensamento de plantas;
  • Excesso de nitrogênio também é extremamente favorável para o patógeno.

Por fim, Marcelo destaca que especialmente no inverno, com casos de Brusone no trigo e plantios sendo realizados mais cedo, estamos trazendo as gramíneas para um período mais quente, fazendo com que esse patógeno tenha um maior período com presença de hospedeiros. Uma vez que o controle químico é bastante restrito para Pyricularia deve-se fugir das condições favoráveis, não deixando que esse patógeno se instale na lavoura.

Confira o vídeo abaixo:


Inscreva-se no canal do pesquisador Marcelo Gripa Madalosso Aqui



Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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