Comentários referentes à 05/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTO DO DIA 05/03

O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,28%, ou $ 12,75 cents/bushel a $ 1011,75. A cotação de julho, fechou em alta de 1,11 % ou $ 11,25 cents/bushel a $ 1025,00. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 2,15 % ou $ 6,3 ton curta a $ 299,8 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,35 % ou $ 0,15/libra-peso a $ 42,99.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. Após cinco quedas consecutivas, com meses importantes flertando com cotações abaixo de US$ 10 bushel, os contratos da oleaginosa fecharam o dia com saldo positivo. O mercado viu espaço para compras de oportunidade, visto que os fundos operam hoje sobrevendidos.

No entanto vários fatores ainda pesam sobre as cotações da soja. As incertezas sobre a guerra tarifária, com a rápida retaliação dos países afetados pode agilizar recuos ou precipitar perdas. A recuperação do ritmo de colheita da robusta safra brasileira. O anúncio que a China aumentou sua meta anual de produção de grãos para cerca de 700 milhões de toneladas métricas, ao mesmo tempo em que expandiu seu orçamento de estoque agrícola, pois busca reduzir sua dependência atual de importações dos Estados Unidos e do Brasil. O orçamento da China para estocagem de grãos é 6,1% maior ano a ano, em cerca de US$ 18,12 bilhões.

Tudo isso somado ainda forma um momento de pressão sobre os preços da soja.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
RECUPERAÇÃO TÉCNICA, MAS INCERTEZAS CONTINUAM (baixista)

A soja conseguiu uma recuperação parcial hoje em Chicago, após cair nos cinco dias anteriores. As melhorias foram de natureza técnica em um mercado com sintomas de sobrevenda. Além dos aumentos, a incerteza continua reinando entre os operadores após o aumento para 20% das tarifas sobre importações chinesas e a entrada em vigor de tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá.

TARIFAS-CONSEQUÊNCIAS (baixistas)

Como observamos ontem, depois que a China confirmou que imporá uma tarifa de 10% sobre a soja dos EUA a partir de 10 de março, a retaliação não terá um impacto negativo imediato nas vendas dos EUA porque elas ocorrem entre outubro e janeiro. Devido à lógica sazonal, a China agora concentra suas compras de soja no Brasil, que está em plena colheita. No entanto, se o conflito se alastrasse, como aconteceu durante a primeira presidência de Trump, os EUA correriam o risco de perder ainda mais participação no fornecimento do principal importador mundial de soja.

COLHEITA NA AMÉRICA DO SUL (baixista)

O mercado continuou sob pressão devido às contribuições benéficas das chuvas em grandes regiões agrícolas da Argentina, onde as lavouras ainda estão definindo seus rendimentos futuros, e ao rápido progresso da colheita no Brasil, que está despejando um volume significativo de novos grãos no circuito comercial.

VALORIZAÇÃO DO REAL FREIA EXPORTAÇÕES (altista para CBOT, baixista para o Brasil)

O fluxo comercial do Brasil foi reduzido, hoje, pela valorização do real frente ao dólar, o que não só reduziu a competitividade das exportações brasileiras, como também reduziu o incentivo de venda para os produtores. No fechamento do pregão em Chicago, a moeda brasileira valorizou-se em cerca de 2,71%.

Fonte: T&F Agroeconômica



Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais ( Site ,  Facebook ,  Instagram ,  Linkedin ,  Canal no YouTube )


DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.