Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 13/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 13/11
O contrato de soja para novembro fechou em alta de 1,03% ou $ 11,50 cents/bushel, a $1132,00. A cotação de janeiro encerrou em alta de 1,17% ou $ 13,25 cents/bushel, a $1147,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 2,31% ou $ 7,4/ton curta, a $ 328,4. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,73% ou $ -0,37/libra-peso, a $ 50,25.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. As cotações da oleaginosa foram impulsionadas pelo fim da paralisação do governo dos EUA e pela expectativa de que o USDA reduza sua projeção de safra americana para 116,10 milhões de toneladas. Com o fim da paralização, nesta sexta-feira, além do relatório WASDE teremos a divulgação das vendas relâmpagos, que podem dar uma pista das exportações programadas, que terão seus dados 100% atualizados em 2 de janeiro.
O farelo de soja segue em alta, com ganhos acima dos 2% no dia e acumulando ganhos no mês. O óleo apesar dos recentes ajustes também segue em alta na bolsa de Chicago. Os ganhos dos subprodutos seguem dando sustentação ao grão.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
MERCADO ESPERA REDUÇÃO DA SAFRA AMERICANA DE SOJA (altista)
No dia em que terminou a paralisação do governo dos EUA, que durou 43 dias, os contratos de soja fecharam em alta em Chicago. Enquanto aguardavam notícias sobre a demanda chinesa que viabilizariam as vendas esperadas de 12 milhões de toneladas para o restante de 2025 — vendas que, na realidade, não se concretizaram —, o mercado encontrou um impulso na possibilidade de o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) reduzir sua projeção para o volume da colheita americana em seu relatório mensal de amanhã. Nesse sentido, a média das estimativas privadas prevê uma produção de 116,10 milhões de toneladas, abaixo das 117,05 milhões de toneladas do relatório oficial de setembro.
ATUALIZAÇÃO COMPLICADA (baixista)
Houve, no entanto, uma decisão incomum. O USDA anunciou hoje que, após a reabertura do governo, os relatórios semanais de exportação, que não foram publicados por mais de um mês, não serão atualizados de uma só vez com os dados acumulados durante esse período de apagão de informações. Em vez disso, serão atualizados de acordo com um cronograma preestabelecido. Assim, de acordo com o cronograma de atualizações, o mercado terá apenas os dados de vendas semanais atualizados na sexta-feira, 2 de janeiro. É difícil entender por que o volume total de exportações semanais não está sendo divulgado de uma só vez. Seria possível que haja poucos negócios com a China para relatar e esse cronograma de atualizações mais lento dê à Casa Branca mais tempo para revelar o que falta no momento? Por exemplo, a agência publicou hoje as vendas semanais referentes ao período de 19 a 25 de setembro, com transações totalizando 871 mil toneladas de soja.
BRASIL/CONAB-SAFRAS MAIORES (baixistas)
A Conab manteve sua previsão para a safra de soja 2024/2025 no Brasil em seu último relatório mensal de estimativas agrícolas, projetando uma produção de 171,48 milhões de toneladas e exportações de 106,66 milhões de toneladas de grãos. Para a safra 2025/2026, atualmente em andamento, a Conab revisou ligeiramente suas projeções de produção e vendas, de 177,64 para 177,60 milhões de toneladas e de 112,12 para 112,11 milhões de toneladas, respectivamente. Em setembro, o USDA estimou a safra e as exportações de 2024/2025 em 169 milhões de toneladas e 102,10 milhões de toneladas, respectivamente, enquanto projetou 175 milhões de toneladas e 112 milhões de toneladas, respectivamente, para o ciclo 2025/2026.
ARGENTINA-SAFRA IGUAL (baixista)
Em seu relatório mensal de estimativas agrícolas, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) manteve sua previsão de produção de soja para 2025/2026 em 47 milhões de toneladas. “Tempestades estão dificultando o plantio de soja, que atingiu apenas 10% da área projetada de 16,4 milhões de hectares, em comparação com mais de 20% no ano passado. Após a previsão de tempestades para o fim de semana, espera-se um aumento significativo na atividade de plantio”, afirmou a organização. Vale ressaltar que a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetam uma safra argentina de soja de 48,5 milhões de toneladas.
ARGENTINA-PLANTIO ATRASADO (altista)
Já a BCBA indicou hoje, em seu relatório semanal de safras, que o plantio de soja na Argentina atingiu 12,9% da área projetada de 17,6 milhões de hectares, representando um aumento semanal de 8,4 pontos percentuais. Isso representa um atraso de 7,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior e uma defasagem de 3 pontos percentuais em comparação com a média das últimas cinco safras. “Até o momento deste relatório, 18,6% do plantio da primeira safra de soja foi concluído, com o trabalho concentrado nas áreas centrais e no sul de Córdoba. Os atrasos no plantio em relação ao ano anterior estão concentrados principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte de Buenos Aires, devido ao excesso de chuvas que está dificultando a logística”, afirmou a organização.
ÍNDIA-IMPORTAÇÕES DE ÓLEO DE SOJA AUMENTARAM (altista)
A Associação de Extratores de Solventes da Índia informou hoje que as importações de óleo de palma para a safra 2024/2025, que terminou em outubro, caíram 15,9% em relação ao ano anterior, para 7,58 milhões de toneladas, o menor nível desde a safra 2019/2020. Em contrapartida, as compras de óleo de soja aumentaram 59%, atingindo o recorde de 5,47 milhões de toneladas. As importações de óleo de girassol caíram 16,3%, para 2,9 milhões de toneladas. A Índia, maior importadora mundial de óleos vegetais, encerrou a safra com compras totais de 16,36 milhões de toneladas, em comparação com 16,23 milhões de toneladas na safra anterior. A Índia compra óleo de palma da Indonésia e da Malásia, e importa óleo de soja e de girassol da Argentina, do Brasil, da Rússia e da Ucrânia.
Fonte: T&F Agroeconômica




