Comentários referentes à 23/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 23/01
O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,90%, ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1065,50. A cotação de maio, fechou em alta de 0,89 % ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1077,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -0,16% ou $ -0,5 ton curta a $ 315,3 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 1,40 % ou $ 0,62/libra-peso a $ 45,04.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Sem pressões externas vindas de políticas da nova administração americana, a soja se concentrou nos fatores internos para voltar a subir nesta quinta.
Os operadores estão atentos e apostando em oscilações com o mercado climático da América do Sul. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reduziu sua previsão para o volume da colheita de soja argentina em 2024/25 de 50,60 para 49,60 milhões de toneladas. No Brasil relatos de lavouras sofrendo com os dois extremos, excesso ou falta de água, estão cada vez mais comum. Com isso especula-se uma possível redução na grande colheita que se aproxima. Vale ressaltar que provavelmente teremos uma safra substancialmente maior que a anterior.
Do lado comercial, o bloqueio chines de algumas empresas exportadoras de soja brasileira e a melhora na paridade para o dólar frente ao real podem direcionar algumas vendas extras para os EUA momentaneamente.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
O CLIMA COMO FATOR DE ALTA (altista)
Os preços da soja operam em alta na sessão diária de Chicago e entre os motivos da melhora está o clima na América do Sul, já que as condições ambientais continuam quentes e secas na Argentina e o excesso de umidade no centro-norte do Brasil continua diminuindo o progresso da colheita.
DISPUTA BRASIL/CHINA (altista)
Soma-se a isso a disputa entre China e Brasil sobre o status de alguns embarques, que deixou cinco empresas temporariamente impossibilitadas de descarregar nos portos chineses. Vale ressaltar que esse não é um fundamento otimista duradouro. Mais cedo ou mais tarde, ele será ultrapassado pelo interesse de vendedores e compradores.
BRASIL-DESVALORIZAÇÃO DO REAL (baixista para o Brasil, altista para CBOT)
Além disso, até o momento nesta semana o real se valorizou frente ao dólar em pouco mais de 2% e isso é uma boa notícia para o mercado americano, tanto para a soja quanto para o milho, já que melhora a competitividade das exportações norte -americanas, em detrimento os do Brasil.
ARGENTINA-BCBA REDUZ PRODUÇÃO (altista)
Sobre o estado atual das safras argentinas, em seu relatório semanal a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reduziu hoje sua previsão para o volume da colheita de soja argentina em 2024 de 50,60 para 49,60 milhões de toneladas. /2025. “Embora nos últimos dias tenha havido precipitações, principalmente sobre Córdoba, ao sul de Santa Fé e Entre Ríos, e ao norte de Buenos Aires, as mesmas foram heterogêneas, tanto em intensidade quanto em distribuição. Diante disso, a condição de cultivo excelente/normal caiu 7 pontos, de 79 para 72%, contra 86% no mesmo período em 2024, enquanto a proporção de solos em condições ótimas/adequadas caiu 5 pontos, de 60 para 55%, contra 80% em vigor há um ano, ” argumentou a entidade. Ele acrescentou que a contínua falta de umidade e as altas temperaturas, principalmente no Núcleo Sul e na parte Centro-Oriental de Entre Ríos, impactaram o rendimento potencial da soja precoce.
“Estas condições também afetaram a soja de segunda safra no Núcleo Sul e no Norte de La Pampa-Oeste de Buenos Aires, resultando em uma redução no estande de plantas”, disse a Bolsa, que informou o andamento da semeadura em 99,2% dos 18,4 milhões de hectares planejados.
Fonte: T&F Agroeconômica