Comentários referentes à 11/02/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 11/02
O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,57, ou $ -6,00 cents/bushel a $ 1043,50. A cotação de maio, fechou em baixa de -0,49% ou $ -5,25 cents/bushel a $ 1060,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -1,30 % ou $ -3,9 ton curta a $ 296,6 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 0,87 % ou $ 0,40/libra-peso a $ 46,13.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. As cotações da oleaginosa chegaram a esboçar uma leve alta após o relatório do USDA, mas não conseguiram sustentar e fecharam o dia com pequenas perdas.
O USDA alterou pouco o seu relatório de oferta e demanda de fevereiro. Normalmente o periódico do segundo mês do ano não agita o mercado, mas os operadores de mercado esperavam alguma redução significativa na safra da América do Sul. A quebra da Argentina parece já estar precificada e a manutenção do saldo exportável do país não colaborou com os preços. Para o Brasil e EUA os números permaneceram iguais ao relatório de janeiro.
Os atrasos na safra brasileira e as indecisões sobre uma possível guerra tarifária devem ser os fatores de atenção no mês.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-COLHEITA ATRASADA (altista)
A Conab informou ontem que a colheita da soja brasileira avançava a 14,8% da área apta, ante 8% no relatório anterior e 20,9% no mesmo período de 2024. Devido ao excesso de umidade, o atraso nos trabalhos continua significativo em Mato Grosso, onde o órgão informou o avanço da colheita em 27,5% da área ante 45,4% coletados há um ano.
O&D BRASIL (baixista para CBOT, altista para o Brasil)
O USDA manteve a estimativa para a safra brasileira de soja inalterada em 169 milhões de toneladas (abaixo da média das consultorias brasileiras de 172 MT) e o valor do volume do grão a ser exportado em 105,50 milhões. As vendas externas de farelo aumentaram de 21 para 22 milhões de toneladas, enquanto as vendas de óleo permaneceram estáveis em 1,55 milhão. Na quinta-feira, a Conab atualizará seu relatório mensal, após projetar a produção e a exportação de soja em janeiro em 166,33 e 105,48 milhões de toneladas, respectivamente.
BRASIL-MAIS UMA CONSULTORIA ELEVA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO (baixista)
No Brasil, após o tour de safra, a AgResource Brasil elevou hoje sua previsão para o volume da safra brasileira de soja de 172,07 para 172,28 milhões de toneladas. “Mato Grosso e Goiás podem atingir produtividades recordes e ajudar a compensar algumas perdas de produção relacionadas à seca no Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul”, observou a consultoria. Por outro lado, a empresa Pátria Agronegócios reduziu sua previsão para a produção brasileira de soja de 167,90 para 165,90 milhões de toneladas.
USDA MENSAL DENTRO DO ESPERADO (baixista)
Sem alterações nos números dos Estados Unidos (estoque final ficou em 10,34 milhões de toneladas) e na demanda da China (109 milhões), o USDA ecoou as condições climáticas adversas que vêm afetando as lavouras da Argentina e reduziu sua previsão para o volume da colheita de soja de 52 para 49 milhões de toneladas. No entanto, não alterou sua perspectiva de exportação, mantendo as vendas de grãos não processados em 4,50 milhões de toneladas; 28 milhões para farinha e 5,80 milhões para óleo.
Fonte: T&F Agroeconômica
