Comentários referentes à 14/02/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 14/02

O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,58, ou $ 6,00 cents/bushel a $ 1036,00. A cotação de maio, fechou em alta de 0,55% ou $ 5,75 cents/bushel a $ 1052,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,09 % ou $ 3,3 ton curta a $ 295,9e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -0,39 % ou $ -0,18/libra-peso a $ 46,07.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas o acumulado da semana em baixa. As cotações da oleaginosa conseguiram algum impulso no final da semana, com os cortes da safra argentina e dados de compra do farelo de soja pela China, que favoreceram uma recuperação nos preços do farelo, dando suporte ao grão.

A melhoria na paridade do Dólar frente o Real, em um momento que o mundo começa a buscar a soja brasileira recém-colhida, trouxe algum alívio para os exportadores americanos. O decreto de reciprocidade de tarifas, assinado quinta-feira pelo presidente Trump, também deram suporte as cotações. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -1,29% ou $ -13,50 cents/bushel. O farelo caiu -1,82% ou $ -5,5 ton curta. O óleo de soja subiu 0,20% ou $0,09 libra-peso.

Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA

a) Recuperação do farelo: Com o decreto assinado ontem por Trump para adiantar o processo de cobrança de tarifas recíprocas contra países que taxam importações dos Estados Unidos, medida que só pode entrar em vigor entre o final de março e o início de abril, a soja foi negociada a preços em alta na sessão diária de Chicago, apoiada pela recuperação do farelo, cujo valor segue muito deprimido.

b) O Impulso chinês: Mais da metade dos 2,5 MT que estão sendo enviados à China pelos Estados Unidos e Brasil em 2025 acabarão em reservas estatais, ficando fora do circuito comercial. Isso fez com que os contratos futuros de farelo de soja no mercado chinês de Dalian subissem 18% desde janeiro. Uma situação que impulsionou muito as margens da indústria chinesa dada a alta demanda interna por farinhas vegetais.

c) Cortes nas expectativas de safra da Argentina: a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), reduziu o volume da colheita argentina de soja para 2024/2025 para 47,50 milhões de toneladas, abaixo dos até 52,50 milhões de toneladas previstos no mês anterior, com base em condições climáticas normais e dos 50 milhões de toneladas para a temporada 2023/2024. Na terça-feira, o USDA cortou sua previsão para a Argentina de 52 para 49 milhões de toneladas.

d)Valorização que o real vem registrando frente ao dólar até agora neste ano. Isso não só torna as exportações brasileiras menos competitivas, mas também reduz o incentivo de vendas para os produtores brasileiros, com a colheita em pleno andamento (altista para a CBOT, baixista para o Brasil).

FATORES DE BAIXA

a) No Brasil, a grande safra esperada pela maioria das consultorias, cujas estimativas ficam entre 170 e 174,25 MT, contra a estimativa de 166,01 milhões de toneladas da Conab e de 169 MT do USDA, mais que suficientes para atender a necessidade de esmagamento interno e das exportações, previstas pela Conab. Mesmo que a Conab esteja, ao final, correta, a produção desta safra corresponderia a um aumento de 18,29 milhões de toneladas a mais do que a safra anterior.

b) Estoques finais globais maiores: O USDA reduziu em 4,03 milhões de toneladas os estoques finais globais em relação à sua estima de janeiro, mas eles ainda são 11,85 MT maiores do que os da safra anterior.

c) Redução das importações da China: O USDA estimou uma redução de 3 milhões de toneladas nas importações de soja da China na temporada 24/25, passando de 112 para 109 MT, mas o próprio governo chinês está reduzindo em 8 MT a sua estimativa de importação de soja, para 104 MT.

d) Rumores de mais problemas com cargas brasileiras na China: Nesta quinta-feira circularam rumores de mais restrições a cargas de soja brasileira na China, o que poderá atrasar os recebimentos destes produtos. Em contrapartida, houve relatos de vendas de mais 20-25 cargos de soja no mercado CFR, nesta semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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