Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 25/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 25/08
Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 0,24% ou $ 1,00 cents/bushel, a $ 389,20. A cotação para dezembro fechou em alta de 0,18% ou $ 0,75 cents/bushel, a $ 412,25.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. As cotações do cereal ganharam uma pequena tração pela diferença de dados entre o ProFarmer e o USDA. A demanda aquecida pelo cereal americano, mesmo no meio da guerra comercial, geral uma esperança de uma acomodação entre o crescimento da safra e o aumento do consumo interno e externo. No primeiro ponto, o ProFarmer indicou sexta-feira, após a sessão, uma safra de 411 MMT ante 425MMT indicados pelo USDA. Um volume considerável entre as duas medições. Para o segundo, os embarques para exportação subiram 24,12% no comparativo semanal. Com isso o mercado aproveitou para fazer compras técnicas e sustentar a leve alta do dia.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou o dia em baixa enquanto os preços do interior seguem firmes
Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta segunda-feira. Os contratos do milho na B3 caíram pela disputa direta entre o cereal brasileiro e o americano no mercado internacional. O milho dos EUA segue mais barato e com robustas vendas e embarques, enquanto o programa brasileiro, até ganha tração, mas não no potencial que o mundo demanda.
O fiel da balança segue sendo o físico. Segundo o Cepea “Mesmo com a colheita em fase final, o movimento de queda nos preços do milho perdeu a força ao longo da semana passada, com algumas regiões chegando a apresentar leve alta. Pesquisadores do Cepea indicam que a sustentação aos preços veio da posição firme de vendedores e das valorizações nos portos, que, por sua vez, foram influenciadas pela melhora no ritmo dos embarques e pelos avanços do dólar e das cotações externas. Parte dos vendedores consultados pelo Cepea voltou a limitar a oferta no spot, se concentrando nas atividades de campo e no aguardo de melhores oportunidades. Outros que já estão com o cereal colhido e armazenado não mostram necessidade de venda imediata. Compradores domésticos, por sua vez, priorizam o consumo dos estoques e/ou preferem guardar a entrega dos lotes negociações antecipadamente – pesquisadores do Cepea destacam, inclusive, que esse contexto limitou maiores avanços preços internos”
OS FECHAMENTOS DO DIA 25/08
Diante deste quadro, as cotações futuras do milho B3 fecharam em baixa no dia: o vencimento de setembro/25 terminou a R$ 65,99, com queda de R$ 0,17 no dia e alta acumulada de R$ 0,25 na semana; o contrato de novembro/25 fechou a R$ 69,38, com baixa de R$ 0,07 no dia e alta de R$ 1,05 na semana; já o vencimento de janeiro/26 encerrou a R$ 71,42, recuando R$ 0,23 no dia, mas com ganho semanal de R$ 0,46.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
REPERCUSSÃO DO PROFARMER (altista)
O mercado de milho fechou com ligeira alta em Chicago, após a ProFarmer estimar a colheita americana em 411,60 milhões de toneladas após o fechamento do mercado na sexta-feira. Esse número ficou abaixo das projeções do USDA em seu último relatório mensal, que atingiu 425,26 milhões de toneladas e 11.850 quilos/hectare. A colheita está em andamento no sul dos Estados Unidos e deve atingir áreas- chave em pouco mais de duas semanas.
EUA-BOM RITMO DAS EXPORTAÇÕES (altista)
Além da perspectiva de uma colheita recorde, ainda que consideravelmente mais moderada do que as previsões oficiais, o ritmo muito bom das exportações americanas para o período 2025/2026 também foi positivo, apesar de toda a incerteza representada pela crise tarifária
desencadeada pela Casa Branca. O relatório semanal sobre a inspeção de embarques dos Estados Unidos foi positivo, com o USDA relatando embarques de milho totalizando 1.305.325 toneladas, acima das 1.051.695 toneladas relatadas no relatório anterior e no limite superior da faixa estimada pelos operadores, que era de 990.000 a 1.400.000 toneladas.
EUA-FALTA DE UMIDADE (altista)
Embora não tão expressivo quanto no caso da soja, a previsão de uma semana sem chuvas significativas no Centro-Oeste contribuiu para o tom positivo, visto que ainda há lavouras que poderiam melhorar sua condição com um bom suprimento de umidade. No relatório semanal de safra do USDA, produtores privados preveem uma deterioração nas condições do milho de 71% a 70%.
BRASIL-PREVISÃO PARTICULAR (baixista)
Do Brasil, a consultoria AgRural relatou o progresso da colheita de milho safrinha em 98% da área plantada na região Centro-Sul do país. Além disso, a empresa destacou que, favorecido pelas chuvas e pelo aumento das temperaturas nos três estados do Sul do Brasil, “o plantio do milho-verão 2025/2026 (primeira safra) avançou para 3,2% da área estimada, ante 1,6% na semana anterior e 4,2% no mesmo período de 2024. Os trabalhos estão concentrados no Rio Grande do Sul, mas as máquinas também avançam em áreas de Santa Catarina e Paraná”.
BRASIL-CONAB-COLHEITA SEGUE ATRASADA
Segundo a Conab, até o dia 23/08 o produtor brasileiro colheu 94,8% da 2ª safra de milho, ante 89,3% da semana anterior. Os trabalhos seguem atrasados em relação aos 97,9% do ano anterior, mas acima dos 92,6% da média de cinco anos.
EUA-ESTÁGIO DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, o estágio fenológico das lavouras de milho nos Estados Unidos. As espigas criando massa está em 83%, ante 72% da semana passada, 83% do ano anterior e 84% da média histórica. O milho enchendo grãos está em 44%, ante 27% da semana anterior, 44% do ano passado e 44% da média histórica. A colheita em maturação está em 7%, ante 3% da semana passada, 10% do ano anterior e 7% da média histórica.
EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou uma manutenção qualidade das lavouras americanas. 71% das lavouras estão em condições boas/excelentes, ante 71% da semana anterior e 65% do ano passado. 21% em condições regulares, ante 21% da semana passada e 22% do ano anterior. 8% em pobres/muito pobres, ante 8% da semana anterior e 13% do ano passado.
Fonte: T&F Agroeconômica