Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 29/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 29/09

Chicago: A cotação de dezembro, fechou em baixa de 0,12% ou $ -0,50 cents/bushel, a $421,50. A cotação para março fechou em baixa de 0,06% ou $ -0,25 cents/bushel, a $ 438,50.

ANÁLISE DO MIX

O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta segunda-feira. As cotações do cereal fecharam praticamente estáveis, com pequenos ganhos e perdas. O rápido progresso da colheita nos EUA, que se beneficia do tempo seco pressiona de um lado, enquanto a demanda sustenta do outro. O USDA confirmou duas vendas extras de 246 mil toneladas nesta segunda e um aumento de 10,19% nas inspeções de embarques para exportação no comparativo semanal. Neste primeiro mês do ano comercial 25/26 os embarques subiram 52% em relação ao mesmo período.

Para o relatório trimestral de estoques dos EUA do USDA, o mercado espera uma redução de -24,18% nos estoques de milho em 1º de setembro.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou de forma mista com físico em baixa e exportações pegando ritmo

Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta segunda-feira. As cotações do cereal acompanharam as oscilações de Chicago e queda do dólar neste começo de semana. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil já exportou em setembro 6.631.957 toneladas de milho, um volume 3,27% acima do ano anterior na mesma data. O preço médio pago por tonelada subiu 2,6% no período, passando de US$ 194,60 no ano passado para US$ 199,70 em setembro de 2025.

No entanto os preços perderam força no físico na última semana segundo o Cepea “Os preços do milho se enfraqueceram nos últimos dias, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, compradores retraíram-se, indicando ter estoques para consumo imediato. Vendedores, por sua vez, focados na semeadura da safra verão e com parte da segunda safra armazenada, negociam com menor intensidade. Já nos portos, as altas do dólar e externa deram suporte às cotações – ainda assim, os patamares seguem abaixo do esperado por agentes. Quanto às exportações brasileiras de milho, os envios estão um pouco mais intensos neste mês, mas precisam ganhar ritmo para alcançar as estimativas da Conab para esta safra 2024/25 – a Companhia prevê o embarque de 40 milhões de toneladas, sendo que, até o momento, saíram dos portos nacionais 17 milhões de toneladas (de fevereiro/25 até a parcial de setembro/25), conforme análise do Cepea.”

OS FECHAMENTOS DO DIA 29/09

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 66,11, apresentando baixa de R$ -0,11 no dia e baixa de R$ -0,46 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 69,04, com baixa de R$ -0,05 no dia e baixa de R$ -0,23 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 71,73, com baixa de R$ -0,12 no dia e baixa de R$ -0,67 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-PROGRESSO DA COLHEITA PRESSIONA AS COTAÇÕES (baixista)

Os preços do milho apresentaram leve queda em Chicago devido ao rápido progresso da colheita nos EUA, no início de mais uma semana com previsão de tempo seco para o cinturão soja/milho, o que acelerará os trabalhos de campo e aumentará a oferta.

EUA-BOM RITMO DAS EXPORTAÇÕES (altista)

A queda é limitada pela continuidade do bom ritmo de novas exportações de grãos dos Estados Unidos, essencial para mitigar o impacto de uma safra recorde que entra no mercado. O relatório de Inspeções de Exportação desta manhã mostrou um total de 1,527 MMT (60,12 mbu) de milho embarcado na semana de 25/9. Isso foi 10,19% acima da semana anterior e 32,85% maior que a mesma semana do ano passado. O México foi o maior comprador, com 663.960 TM, com 251.883 TM embarcadas para o Japão e 191.564 TM para a Coreia do Sul. O total do ano comercial agora é de 5,097 MMT (200,65 mbu) embarcadas, 52,11% acima do mesmo período do ano passado.

EUA-NOVAS VENDAS (altista)

Em linha com isso, o USDA confirmou hoje duas novas vendas de milho americano da safra 2025/2026 em seus relatórios diários. Uma para o México, no valor de 135.660 toneladas, e a outra para destinos desconhecidos, no valor de 110.668 toneladas.

PRÓXIMO RELATÓRIO DE ESTOQUES (altista)

Em relação ao relatório de estoques de grãos de 30 de setembro, que o USDA emitirá nesta terça-feira, analistas pesquisados pela Bloomberg esperam que o USDA mostre 33,96 MT de milho disponível em 1º de setembro. A faixa de estimativas é de 32,00 MT a 36,83MT.

BRASIL-PLANTIO DA PRIMEIRA SAFRA ATINGE 32% (baixista)

A consultoria AgRural reportou o avanço do plantio da primeira safra de milho da safra 2025/2026 no Brasil em 32% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, ante 25% na semana anterior e 30% no mesmo período do ano passado. “O plantio e o desenvolvimento da lavoura continuam se beneficiando das chuvas registradas no sul do país”, indicou a consultoria.

EUA-ESTÁGIO E COLHEITA DAS LAVOURAS DE MILHO

O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, o estágio fenológico das lavouras de milho nos Estados Unidos. O milho enchendo grãos está em 95%, ante 91% da semana anterior, 95% do ano passado e 96% da média histórica. As lavouras em maturação estão em 71%, ante 56% da semana passada, 73% do ano anterior e 74% da média histórica. A colheita começou em 18% da área semeada, ante 11% da semana passada, 20% do ano passado e 19% da média histórica.

EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE MILHO

O USDA informou uma manutenção qualidade das lavouras americanas. 66% das lavouras estão em condições boas/excelentes, ante 66% da semana anterior e 64% do ano passado. 24% em condições regulares, ante 24% da semana passada e 24% do ano anterior. 10% em pobres/muito pobres, ante 10% da semana anterior e 12% do ano passado.

BRASIL-CONAB-PLANTIO DA PRIMEIRA SAFRA

O plantio da primeira safra de milho 25/26 avança em 26,7% da área pretendida, ante 20,8% da semana anterior, 21,6% do ano passado e 23,6% da média histórica.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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