Por T&F Agroeconômica, comentários referentes a 24/04/2025
FECHAMENTOS DO DIA 24/04

Milho: A cotação de maio, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 1,11% ou $ 5,25 cents/bushel a $ 477,25. A cotação para julho, fechou em alta de 0,99 % ou $ 4,75 cents/bushel a $ 484,00.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. As cotações do cereal ganharam tração com compras de oportunidade e a sequência de alta da soja nos últimos dias, o que fez o mercado reposicionar os contratos dos grãos. A demanda do milho para o ano comercial 24/25 se mantem aquecida. “As vendas para exportação caíram 26% em relação à semana anterior, mas aumentaram 1% em relação à média das quatro semanas anteriores”, informou o USDA em seu relatório semanal. As robustas 1.152.900 toneladas negociadas estavam perto do teto esperado pelo mercado.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista com compras de oportunidade e maior demanda interna

Os principais contratos de milho encerraram o dia de forma mista nesta quinta-feira. As cotações do milho na B3 passaram por correção depois de uma sequência de baixas. Assim como Chicago o mercado recomprou contratos em aberto, baseados em um aumento de demanda no médio longo prazo e estoques menores no fim do ano comercial. Vale aqui destacar que nos últimos anos o Brasil reduziu as exportações e aumentou o consumo interno do milho. No entanto, as cotações mais longas seguiram em queda. Com os preços mais altos desta temporada, existe a perspectiva de o produtor buscar um aumento de área para as próximas safras no país.

O avanço da colheita na Argentina, que atingiu 29,7% a área apta, segundo a Bolsa de Buenos Aires retira parte da pressão dos compradores, principalmente da região sul do Brasil.

OS FECHAMENTOS DO DIA 24/04

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de maio/25 foi de R$ 76,97 apresentando alta de R$ 0,43 no dia, baixa de R$ -0,05 na semana; julho/25 fechou a R$ 68,55, alta de R$ 0,03 no dia, baixa de R$ -2,11 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 69,74 alta de R$ 0,18 no dia e baixa de R$ -1,27 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-CHUVAS ATRAPALHAM O PLANTIO (altista)

Os preços do milho estão se recuperando parcialmente em Chicago após caírem nos quatro dias anteriores. Além das compras de oportunidade por parte dos Fundos de Investimento, que estão impulsionando os ganhos nas duas primeiras posições, a possibilidade de uma desaceleração no plantio devido às chuvas que caem novamente hoje no cinturão oeste da soja/milho, com foco em Iowa, está contribuindo para a tendência de alta.

ACORDO COM JAPÃO PARADO POR TARIFAS NOS AUTOMÓVEIS (baixista)

O limite para melhorias é imposto pelas tensões comerciais impostas pelo governo Trump, que afetam alguns dos principais compradores de ração dos EUA, como o Japão, país com o qual, apesar de longas negociações entre autoridades de ambos os países, ainda não houve acordos. A questão principal são as tarifas de 25% impostas aos automóveis importados, uma questão sobre a qual os EUA esclareceram que não podem conceder tratamento preferencial ao Japão.

EUA-EXPORTAÇÕES NO LIMITE SUPERIOR DO MERCADO (altista)

O relatório semanal de exportação foi neutro para o mercado de milho dos EUA hoje, com o USDA relatando vendas de 1.152.900 toneladas em 2024/2025, abaixo das 1.561.900 toneladas relatadas no relatório anterior, mas no limite superior da faixa de previsão do setor privado de 800.000 a 1.300.000 toneladas. “As vendas líquidas caíram 26% em relação à semana anterior, mas aumentaram 1% em relação à média das quatro semanas anteriores”, disse a agência, destacando o Japão como principal destino, com 629,2 mil toneladas.

EUA REDUZ SECA (baixista)

Após a atualização semanal do mapa de monitoramento da seca, o USDA reduziu hoje a área de milho com condições consistentes com algum grau de seca de 30% para 26%, um número que permaneceu acima dos 22% relatados no mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que entre ontem e hoje, chuvas significativas caíram no cinturão oeste de soja e milho, o que pode ajudar a reverter a escassez de água na região.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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