Comentários referentes à 20/02/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 20/02

Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,10% ou $ 0,50 cents/bushel a $ 498,00. A cotação para maio, fechou em alta de 0,10 % ou $ 0,50 cents/bushel a $ 512,75.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. As cotações do cereal apresentaram ganhos modestos após o IGC indicar uma redução de 3 milhões de toneladas na produção mundial de milho. O mercado também espera um bom relatório de vendas semanais, que, por conta do feriado americano no começo da semana, será divulgado nesta sexta-feira.

O aceno de Trump para Pequim aliviou momentaneamente a pressão tarifaria sobre o mercado de grãos americano. Por fim, a produção de etanol de milho se recuperou esta semana, apesar dos estoques também subirem. O EPA dos EUA. relatou que 1,25 bilhão de créditos de mistura de etanol foram gerados em janeiro, valor ligeiramente menor que o mês anterior.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho voltou a patamares de 2023

Os principais contratos de milho encerraram o dia em alta nesta quinta-feira (20). As cotações da B3 voltaram a subir, visto que o grão que está sendo colhido está encontrando dificuldade de chegar ao comprador. A recente alta dos fretes, com a logística de transporte e armazenamento voltada para soja, não estimula os compradores a subirem seus preços para cobrir estoques mais longos, assim como faz o produtor dar preferência para a oleaginosa. As cotações estão no mesmo patamar de setembro de 2023.

OS FECHAMENTOS DO DIA 20/02

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 82,72 apresentando alta de R$ 1,89 no dia, alta de R$ 2,96 na semana; maio/25 fechou a R$ 78,60, alta de R$ 1,74 no dia, alta e R$ 1,67 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 73,46, alta de R$ 1,06 no dia e alta de R$ 0,57 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA-NOVA ONDA DE CALOR (altista)

A previsão de clima quente e seco para grandes áreas agrícolas da Argentina, o que mais uma vez testaria as culturas que já perderam parte de seu potencial de rendimento. E como indicamos no segmento da soja, a valorização do real frente ao dólar também foi positiva, pois retira o incentivo de venda para os produtores brasileiros, ao mesmo tempo em que reduz a competitividade das exportações do país.

EUA-ESCALADA TARIFÁRIA (altista)

Por outro lado, os comerciantes acompanharam de perto as implicações futuras da escalada tarifária proposta por Trump e do fracassado “plano de paz” para a região do Mar Negro.

ARGENTINA INICIA A COLHEITA (baixista)

Enquanto a colheita de milho na Argentina dá seus primeiros passos em áreas muito específicas de Santa Fé, Entre Ríos e Buenos Aires, em seu relatório semanal de cultivos o BCBA informou hoje um aumento de 67 para 70% da proporção de milho argentino em condição excelente/normal, um número inferior aos 85% no mesmo período em 2024, enquanto em relação às condições hídricas relatou uma melhora na porção ótima/adequada de 59 para 64%, em comparação com 71% há um ano.

“As culturas de meia estação, semeadas entre meados de outubro e início de novembro, foram as mais afetadas pelo déficit hídrico e pelas altas temperaturas durante a floração. Nestes casos, as chuvas recentes não geraram melhora significativa em sua condição, já que o estágio fenológico chave ocorreu em condições adversas. Por fim, na porção sul da área agrícola não foram registrados eventos de chuvas generalizadas. Neste contexto, a evolução da cultura nesta região dependerá criticamente das previsões climáticas de curto prazo, já que a disponibilidade hídrica será decisiva para o pegamento adequado dos grãos”, disse a entidade, que prevê o volume da colheita em 49 milhões de toneladas.

IGC REDUZ PRODUÇÃO GLOBAL DE MILHO (altista)

Em seu relatório mensal, o IGC reduziu hoje sua previsão para o volume de produção de milho em 2024/2025 em nível global de 1.219 para 1.216 milhões de toneladas, um volume que está longe dos 1.231 milhões da temporada anterior e dos 1.166 milhões de 2022/2023. O ajuste ocorreu devido aos cortes nos números calculados para o Brasil, de 124,60 para 123,30 milhões de toneladas, e para a Argentina, de 54 para 53 milhões de toneladas. Em seu último relatório mensal, o USDA previu a produção global de milho em 1.212,47 milhões de toneladas.

EUA-MAIOR PRODUÇÃO DE ETANOL (altista)

Em seu relatório semanal, a Administração de Informação de Energia dos EUA elevou hoje a produção diária de etanol de 1.082.000 para 1.084.000 barris, um número que correspondeu ao número do mesmo período em 2024, enquanto aumentou os estoques de biocombustíveis de 25.692.000 para 26.218.000 barris, um volume que estava acima dos 25.502.000 barris em estoque há um ano.

BRASIL-GOVERNO SUSPENDE PLANO SAFRA (altista)

O Tesouro Nacional suspendeu as novas contratações de financiamentos com subvenção federal nas linhas do Plano Safra 2024/251 Governo suspende financiamentos do Plano Safra, afetando produtores rurais. Segundo acaba de anunciar o site da Forbes Brasil, o governo anunciou a suspensão dos financiamentos rurais subsidiados do Plano Safra 2024/2025, impactando diretamente os produtores que dependem desse crédito para suas operações. A decisão foi motivada pela falta de recursos no Orçamento, o que levanta preocupações sobre a continuidade do apoio ao setor agropecuário em um momento de alta da Selic, segundo o site da globo.com.

Além disso, as operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) continuarão disponíveis, mas a suspensão das linhas de crédito pode afetar a expansão da produção agrícola.

Fonte: T&F Agroeconômica



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