Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 23/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 23/09

Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 1,13% ou $ 4,50 cents/bushel, a $426,50. A cotação para março fechou em alta de 0,97% ou $ 4,25 cents/bushel, a $ 443,00.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fecho em alta nesta terça-feira. A demanda segue sendo a locomotiva do cereal. Uma nova venda para o México se somou a robusta negociação do dia anterior. As importações de milho do México para 2025-26 devem permanecer estáveis, apesar da maior produção doméstica, impulsionada pela melhora da umidade, de acordo com o Serviço de Agricultura Estrangeira do USDA.

Com o avanço da colheita, dúvidas sobre os rendimentos reaparecem. O consultor Michael Cordonni reduziu a sua estimativa final da safra para 417 MMT, enquanto o USDA subiu para 427 MMT em setembro. A deterioração, apontada pelo USDA no relatório de segunda-feira, sobre as condições das lavouras podem ser um indicativo que o Departamento Americano deva reduzir em breve a estimativa de colheita, que mesmo assim será recorde.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em baixa com dólar abaixo dos R$ 5,30

Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta terça-feira, Se na segunda-feira, as cotações cederam por conta de Chicago, nesta terça, o dólar pressionou os preços. A cotação da moeda americana rompeu a cotação dos 5,30 e fechou em 5,27 reais, o menor valor desde 6 de junho de 2024. Tanto o dólar quando a cotação de Chicago compõe a formação do preço no Brasil. O terceiro ponto nessa matemática são os prêmios nos portos, que estão estáveis, mas podem sofrer uma pressão em breve pela retirada temporária das Retenciones, imposto de 9,5% cobrado sobre as exportações argentinas do milho. No entanto, como nos foi relatado por um corretor de Buenos Aires, “Nada acontecendo no mercado de trigo e milho.

A vedete foi a soja: ontem saíram 1 milhão de toneladas e vários cargos para a China. Trigo e milho 100 k. Farmer está dedicado à soja onde o ganho é muito maior: soja foi de 26% a 0%, trigo e milho e de 9.5% a 0%”.

OS FECHAMENTOS DO DIA 23/09

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam com quedas generalizadas no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 66,44, apresentando baixa de R$ 0,13 no dia e baixa de R$ 1,06 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 69,24, com baixa de R$ 0,03 no dia e baixa de R$ 1,26 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 72,09, com baixa de R$ 0,31 no dia e baixa de R$ 1,44 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-LENTO PROGRESSO DA COLHEITA E DETERIORAÇÃO DA SAFRA (altistas)

Os preços do milho fecharam em alta em Chicago. Entre os fatores que influenciaram a melhora estão o lento progresso da colheita e a deterioração da safra. Ontem, o USDA reportou um progresso da colheita de milho de 11% da área plantada, ante 7% na semana anterior; 13% na mesma época em 2024; a média de 11% para o período 2020/2024; e os 13% previstos pelos operadores. Em relação à condição da planta, a proporção de milho bom/excelente foi reduzida de 67% para 66%, valor que superou os 65% previstos na mesma época do ano passado e ficou em linha com os 66% previstos pelos operadores privados. Os dois principais estados produtores, Iowa e Illinois, têm 74% e 56% de seu milho em boas/excelentes condições, ante 79% e 54% na semana anterior e 77% e 76% na mesma época em 2024, respectivamente.

EUA-PRODUTIVIDADES MENORES (altistas)

Em linha com a queda nas safras, o consultor Michael Cordonnier reduziu sua previsão para a produtividade média do milho nos EUA de 11.549 para 11.423 kg/hectare, valor bem abaixo dos 11.718 kg projetados pelo USDA em seu último relatório mensal. “As produtividades iniciais são de um modo geral decepcionantes, o que pode ser um indicador de que a ferrugem do milho do sul causou mais problemas do que o inicialmente previsto”, alertou o especialista. Vale ressaltar que, se a produtividade média final fosse como a prevista por Cordonnier, a produção de milho ainda seria recorde, mas o volume ficaria em torno de 416 milhões de toneladas, em comparação com os 427,11 milhões de toneladas previstos pelo USDA.

EUA-TEMPO SECO QUE ACELERA A COLHEITA (baixista)

A recuperação dos preços foi limitada pela previsão de tempo seco no Centro-Oeste a partir do final desta semana e pelos próximos 6 a 14 dias, o que aceleraria o progresso da colheita graças ao generoso maquinário disponível para o maior produtor mundial da cultura para ração. Isso também se deve à possibilidade de uma exportação mais tranquila de milho argentino nos próximos dias, após o anúncio oficial da redução temporária a zero das tarifas de exportação do grão.

EUA-NOVA VENDA (altista)

Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de milho americano para o México, no valor de 122.947 toneladas. Destas, 100.593 toneladas correspondem à safra atual e o restante ao ciclo 2026/2027.

BRASIL-PLANTIO PRIMEIRA SAFRA 20,8% (baixista)

Em relação ao Brasil, em seu relatório semanal de ontem, a CONAB informou que o avanço do plantio de milho para a primeira safra 2025/2026 está em 20,8% da área plantada, ante 14,7% na semana anterior; 16,2% no mesmo período de 2024; e a média de 18,2% dos últimos cinco anos.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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