Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 10/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 10/11
Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 0,59% ou $ 2,50 cents/bushel, a $429,75. A cotação para março fechou em alta de 0,57% ou $ 2,50 cents/bushel, a $444,50.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. Assim como os demais grãos, com a possibilidade do fim do shutdown nos EUA mais concreta, os Fundos de Investimento buscaram recompor suas carteiras para se protegerem de grandes oscilações. Para o milho, o tamanho da safra, que será recorde e a real demanda antecipada vão fazer toda a diferença na manutenção dos preços do cereal. No entanto, o milho teve apenas uma leve alta no dia, movimento que foi mais robusto na soja e no trigo.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho da B3 fechou de forma mista com dólar e Chicago indo para direções opostas
Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta segunda-feira. As cotações da B3 relativos à safra 25/26 perderam força com a queda do dólar. As mais longas acompanharam Chicago. A semana começou lenta no mercado físico, o que também reflete na B3, com uma menor busca de contratos proteção de preços.
Segundo o Cepea “Os preços do milho seguem firmes no mercado doméstico, retomando os patamares verificados em junho deste ano, indica levantamento do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, produtores continuam focados na semeadura da safra verão – em algumas regiões do País, fortes chuvas deixam agentes em alerta. Quanto às negociações, vendedores priorizam o cumprimento dos contratos já firmados e aguardam novas valorizações para voltar ao spot.
Por outro lado, pesquisadores explicam que o movimento de alta de preços acaba sendo limitado pela menor demanda. Compradores relatam ter estoques suficientes para o curto prazo e, com isso, adquirem novos lotes de forma pontual. Esses agentes estão de olho na produção recorde desta temporada e na possibilidade de que vendedores precisem liberar armazéns e/ou fazer caixa. Quanto às exportações brasileiras de milho, dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que foram embarcadas 6,5 milhões de toneladas em outubro, volume 14% abaixo do de setembro e apenas 1,5% acima do verificado em outubro/24.
No acumulado de 2025, os envios totalizam 29,82 milhões de toneladas, 3,2% a menos do que no mesmo período do ano passado.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 10/11
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,76, apresentando alta de R$ 0,04 no dia e baixa de R$ -0,24 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 70,72, com baixa de R$ -0,39 no dia e baixa de R$ -0,72 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 72,50, com baixa de R$ -0,20 no dia e baixa de R$ -1,17 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
Em seu relatório semanal sobre inspeções de embarques nos EUA, o USDA informou que os embarques de milho totalizaram 1.424.968 toneladas hoje, uma queda em relação às 1.712.164 toneladas do relatório anterior, mas dentro da ampla faixa utilizada pelos comerciantes, que era de 1 a 2,3 milhões de toneladas.
BRASIL-PRODUÇÃO DE MILHO PODERÁ SER MAIOR (baixista)
Segundo a consultoria Safras & Mercado, a produção brasileira de milho para a safra 2025/2026 deverá atingir 143,56 milhões de toneladas, volume superior às 142,49 milhões de toneladas previstas pela empresa no mês anterior. Essa projeção privada superou as 138,60 milhões de toneladas calculadas pela Conab, que havia projetado 141,10 milhões de toneladas para a safra anterior, e as 131 milhões de toneladas previstas pelo USDA em setembro.
BRASIL-CONAB-PLANTIO DA PRIMEIRA SAFRA
O plantio da primeira safra de milho 25/26 avança em 47,7% da área pretendida, ante 42,8% da semana anterior e abaixo dos 48,7% do ano passado, ficando acima da média histórica de 45,5%. O Paraná está em 99,0%, Santa Catarina com 96,0% e o Rio Grande do Sul com 86,0%. São Paulo atingiu 45,0%, Minas Gerais 27,0%, Bahia começou o plantio em 14,0% e Goiás 8,0% da área pretendida, segundo a Conab. Piauí e Maranhão ainda não começaram os trabalhos de forma significativa.
BRASIL-MARGEM BRUTA DAS INDÚSTRIAS DE ETANOL NO MT CRESCE ACIMA DA MÉDIA (altista)
A Agrinvest publicou no X que a margem bruta das indústrias de etanol no RS permanece acima da média dos últimos 5 meses, próxima a R$ 50/saca. É o início mais lucrativo para este ano. Por outro lado, a maior ameaça para as indústrias de etanol de milho é o tamanho da safra de cana de açúcar para o próximo ano e o crescimento muito alto da implantação de outras plantas do setor.
Fonte: T&F Agroeconômica




