Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 30/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 30/09
O contrato de soja para novembro fechou em baixa de 0,87% ou $ -8,75 cents/bushel, a $1.001,75. A cotação de janeiro encerrou em baixa de 0,92% ou $ -9,50 cents/bushel, a $1.020,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de 0,90% ou $ -2,40/ton curta, a $ 265,7. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de 0,49% ou $ -0,24/libra-peso, a $ 48,87.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. Apesar do USDA ter apontado estoques de soja em 1º de setembro abaixo do esperado pelo mercado, a indicação de uma maior safra, justificada com um aumento de área colhida, contrariou a expectativa dos analistas, que apostavam em uma redução de produção. Com isso e com uma janela de vendas cada vez mais apertada para a China, os preços reagiram negativamente. A União Europeia divulgou que desde 1º de julho o bloco importou 2% a menos de soja que a mesma data do ano passado.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
USDA-ESTOQUES TRIMESTRAIS MENORES (altista)
Para o relatório trimestral de estoques do USDA para os Estados Unidos, a média das estimativas privadas previa estoques de soja em 1º de setembro em 8,79 milhões de toneladas, abaixo dos 9,32 milhões de toneladas no mesmo período em 2024, mas o USDA registrou 8,60 MT, o que é altista. Por outro lado, o USDA revisou a área atingida pela colheita para cima, elevando o volume de produção de soja dos EUA em 2024/2025 de 118,84 milhões de toneladas para 119,04 milhões de toneladas, em comparação com as expectativas dos comerciantes de nenhuma mudança, o que é baixista, o que acabou prevalecendo nas cotações de hoje.
EUA-RITMO ACELERADO DA COLHEITA (baixista)
O USDA divulgou ontem que a colheita de soja atingiu 19% da área plantada, ante 9% na semana anterior; 24% na mesma época em 2024; a média de 20% para 2020/2024; e a previsão de 19% dos traders. Além disso, elevou a relação soja boa/excelente de 61% para 62%, abaixo dos 64% da mesma época em 2024, mas acima dos 60% previstos pelos traders privados. Os dois principais estados produtores de soja, Illinois e Iowa, têm 52% e 73% de suas lavouras em boas/excelentes condições (52% e 74% na semana anterior), em comparação com 72% e 77% no mesmo período em 2024, respectivamente.
ARGENTINA-PRODUÇÃO MENOR (ALTISTA)
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) estimou hoje a intenção de plantio de soja em 17,60 milhões de hectares, 4,35% abaixo dos 18,40 milhões de hectares da safra anterior e projetou a produção em 48,50 milhões de toneladas, volume 3,58% inferior aos 50,30 milhões de toneladas obtidos na temporada 2024/2025. Essa previsão está em linha com a previsão de 48,50 milhões de toneladas do USDA em seu último relatório mensal.
AMÉRICA DO SUL-AUMENTO DO CONSUMO DE SOJA (altista)
A publicação alemã OILWORLD registrou hoje que as crescentes exportações sul-americanas e as grandes moagens em andamento impulsionaram o consumo de soja dos principais países para um recorde de 236,3 MT em Jan/Ago 2025, um aumento de 11,6 MT.
BRASIL-PLANTIO MAIS RÁPIDO E VOLUME RECORDE (baixista)
A consultoria brasileira Pátria Agronegocios informa que o ritmo de plantio da safra 2025-26 do país é o mais rápido já registrado, tendo atingido 4,16% até o final de setembro. O plantio total pode atingir a marca sem precedentes de 48,63 milhões de hectares nesta temporada. Diversas entidades, incluindo a AgResource, estimam o potencial de produção desta temporada em pouco menos de 177 milhões de toneladas, contra 175 MT do USDA.
UNIÃO EUROPEIA REDUZ IMPORTAÇÃO DE SOJA E AUMENTA DE FARELO
A Comissão Europeia informou hoje que, desde 1º de julho, a União Europeia importou 3,04 milhões de toneladas de soja, 4% a menos que no mesmo período de 2024. Os dois principais fornecedores do bloco são Brasil e Estados Unidos, com 1.844.469 e 744.642 toneladas, respectivamente. Em relação às compras de farelo de soja, até o momento, no ciclo comercial 2025/2026, a UE adquiriu 4,45 milhões de toneladas, 2% acima do volume registrado no mesmo período do ano passado. Nesse caso, os dois principais fornecedores são Brasil e Argentina, com 2.522.314 e 1.402.555 toneladas, respectivamente.
QUEDA NO VOLUME MUNDIAL DE BIODIESEL (baixista)
A publicação alemã, Oil World, publicou no X, nesta terça-feira, que a produção mundial de biodiesel deverá recuar em 2,4MT para 61,8 MT em 2025. Aumentos na Indonésia e no Brasil deverão ser mais do que compensados pelos declínios nos EUA e na Europa.
A publicação mostrou também que a produção global de 17 óleos vegetais deverá ultrapassar 100 MT na temporada 2025/26 pela primeira vez, comparada com 83 MT do ano anterior.
Fonte: T&F Agroeconômica