Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 26/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 26/09

O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,15% ou $ 1,50 cents/bushel, a $1.013,75. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,15% ou $ 1,75 cents/bushel, a $1.033,00. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,07% ou $ 0,20/ton curta, a $ 268,8. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de 0,28% ou $ -0,14/libra-peso, a $ 49,60.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas a semana em baixa. As cotações da oleaginosa conseguiram uma leve recuperação nesta sexta-feira com compras de oportunidade, visto o patamar baixo dos preços da soja. No meio da semana as cotações atingiram o menor valor em 6 semanas. O assunto que dominou os últimos dias foi a retirada temporária das Retenciones, imposto sobre a exportação de grãos na origem da Argentina, com um limite de 7 bilhões de dólares em vendas, o que foi atingido em poucos dias. Este movimento do governo argentino garantiu uma maior originação de grãos e subprodutos para a China, o que reduz ainda mais a janela de vendas da soja para os portos chineses, que normalmente se fecha no começo do ano.

A China está usando a soja como pressão nas negociações sobre as tarifas. Sem comprar grãos dos EUA, a China atinge um dos principais grupos de eleitores de Donald Trump em plena colheita. Com isso a soja em Chicago fechou o acumulado da semana em baixa de -1,15%, ou $ -11,75 cents/bushel. O farelo de soja caiu -5,0%, ou $ -14,1 por tonelada curta. O óleo de soja recuou -0,86%, ou $ -0,43 por libra-peso no período.

Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
EUA-POSSIBILIDADE DE SAFRA MENOR

O pregão da soja fechou com ligeira alta em Chicago, onde, no entanto, os preços ficaram negativos pela segunda semana consecutiva. A ligeira melhora diária foi influenciada pela possibilidade de os volumes de produção dos EUA ficarem ligeiramente abaixo dos 117,05 milhões de toneladas projetados pelo USDA.

ARGENTINA-FIM DA ALÍQUOTA ZERO NAS EXPORTAÇÕES DO COMPLEXO

O fim da alíquota zero nas tarifas de exportação de soja e derivados da oleaginosa na Argentina, que retornaram a 26% e 24,5%, respectivamente.

FATORES DE BAIXA
EUA-CLIMA ENSOLARADO FAVORECE COLHEITA E AUMENTO DA OFERTA

A melhora foi limitada pelas condições climáticas secas prevalecentes no cinturão soja/milho dos EUA, que favoreceram o rápido progresso da colheita. Além disso, essa situação ocorre na completa ausência de demanda chinesa, o que aumenta a pressão para que o novo grão entre no mercado.

VENDAS ARGENTINAS ATINGIRAM 2,66 MT

Para piorar a situação, após reportar na quarta-feira que compradores chineses haviam garantido 20 embarques de soja argentina, a Reuters informou hoje que “cerca de 40 embarques de soja argentina foram registrados para exportação entre novembro e dezembro durante a suspensão do imposto de exportação, a maioria com destino à China”. Acrescentou que um total de 2,66 milhões de toneladas de soja foram registradas para os embarques de novembro/dezembro mencionados, representando mais de 50% dos 5,1 milhões de toneladas declaradas para venda externa em todos os meses durante o breve período de isenção de impostos.

AMERICANOS CONTINUAM EXCLUÍDOS

O frenesi de compras dos importadores chineses nesta semana foi mais um golpe para os produtores de soja dos EUA, que continuam excluídos das exportações para o principal mercado comprador de soja durante a atual safra, já que as tarifas da guerra comercial tornam sua soja proibitivamente cara para os compradores chineses. “Observando as compras de novembro e dezembro a China reduziu ainda mais sua necessidade de soja dos EUA ao reservar cargas argentinas”, disse um trader de uma empresa internacional que está entre as compradoras de soja argentina, informou a Reuters.

BRASIL-EXPORTAÇÕES MAIORES PARA SETEMBRO

Este fator é baixista para a CBOT e altista para o Brasil, que é o principal fornecedor da demanda chinesa. Em sua revisão semanal de estimativas, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) reduziu o volume de exportações de soja em setembro de 7,53 para 7,15 milhões de toneladas, número que permaneceu abaixo dos 8,12 milhões de toneladas de agosto, mas bem acima dos 5,16 milhões de toneladas do nono mês de 2024. Em relação ao farelo de soja, a previsão para as exportações no mês corrente foi ajustada de 2,19 para 2,10 milhões de toneladas, ante 1,97 milhão no mês anterior e 1,62 milhão no mesmo mês do ano passado.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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