Na 14ª jornada do Ciclo de Debates Cocamar, promovido pela cooperativa no final da tarde de terça-feira (08/12), por meio do seu canal no Youtube, o tema abordado – O que esperar das doenças da soja e o seu controle – contou com a participação do especialista Carlos Alberto Forcelini, ex-professor da Universidade Federal de Passo Fundo (RS). Coordenado pelo gerente técnico Emerson Nunes, o debate reuniu também o engenheiro agrônomo Alan Augusto Donel, da unidade da Cocamar em Paiçandu (PR) e foi aberto pelo vice-presidente da cooperativa, José Cícero Aderaldo.
Manejo – Conforme Aderaldo, a análise de temas como esse visam a orientar os produtores cooperados quanto ao manejo adequado da sua lavoura. “Há fatores que não se pode controlar, como as chuvas, mas um bom manejo se pode fazer”, lembrou, mencionando que a função da cooperativa é levar informações para que os cooperados tenham mais produtividade e rentabilidade em seus negócios.
Ferrugem perdeu força – Forcelini disse que com o inverno predominantemente seco, a ferrugem asiática, uma das enfermidades mais importantes da cultura da soja, acabou perdendo força e potencial.
Manchas foliares – Segundo ele, o complexo de manchas foliares causado por um fungo que sobrevive na palhada, “é a bola da vez” e deverá ser o principal problema nesta safra. Com umidade, a doença se intensifica e a única opção para o produtor é adotar medidas preventivas, seguindo orientações técnicas. “O que o produtor tem que fazer agora é preservar a área foliar, cada folha que ele perde é um funcionário da planta que deixa de produzir. Não podemos abrir mão das folhas, por isso é fundamental preservá-las de doenças.”
Resistência – Indagado sobre por que não utilizar sempre os mesmos produtos para o controle, embora tenham apresentado eficiência em anos anteriores, Forcelini explicou que os fungos adquirem resistência e a repetição dos produtos acaba se tornando um facilitador para o agravamento de doenças. “Não mudar os produtos a cada safra é o mesmo que estar trabalhando para o fungo”, asseverou o convidado.
Era comum – “Até há alguns anos, era mais comum os produtores usarem o mesmo produto para o controle, mas hoje, grande parte deles segue a orientação técnica da cooperativa, buscando conseguir a maior produtividade possível”, comentou o agrônomo Alan Augusto, referindo-se particularmente à sua região.
Desenvolvimento vegetativo – Emerson Nunes informou que, neste momento, cerca de 80% das lavouras – que compreendem aproximadamente 900 mil hectares nas regiões atendidas pela Cocamar – encontram-se em fase de desenvolvimento vegetativo. Como efeito das poucas precipitações em outubro e novembro, as plantas ainda estão fechando as linhas.
Fonte: Imprensa Cocamar, disponível no Sistema Ocepar
