O Instituto divulgou nesta segunda-feira (05/07) a terceira estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) de MT. Segundo o relatório, a cultura do milho apresentou recuo de 4,87% em relação a estimativa anterior, ficando estimada em R$ 23,70 bilhões para o ano e refletindo na diminuição de 0,9% na participação do cereal na representatividade econômica do estado.
Essa retração se dá, principalmente pela queda de 9,7% na produção esperada do cereal, que foi pautada pelo atraso na semeadura e condições adversas de clima.
De outro modo, o VBP do milho só não apresentou queda maior devido aos preços que se elevaram em 59,6% ante a estimativa anterior, aumento influenciado pela crescente demanda no cenário mundial, as altas cotações na CME-Group e a alta na moeda norte-americana. Por fim, apesar desta queda o VBP da cultura segue em crescimento a ante a 2020. Confira o material completo aqui.
Confira agora os principais destaques do boletim:
Preço em queda: a maior oferta de milho no estado devido a colheita, influenciou na queda de 6,36% nas cotações do indicador Imea. Assim, o preço médio ficou em R$ 65,18/sc.
Mais caro: após retração na semana anterior, as cotações do cereal em Chicago apresentaram alta de 7,14%, sendo cotado na média de US$ 7,01/bu.
Alta: os preços do cereal na B3 apresentaram alta de 10,45% em relação à semana passada. Com isso, as cotações atingiram à média de R$ 90,53/sc.
Na última sexta-feira (02/07/21) o Imea registrou o maior avanço percentual de colheita do milho desde o início do levantamento, porém, os trabalhos ainda seguem em atraso.
Como já era esperado, a evolução e a entrada de maiores áreas em ponto de colheita no estado influenciaram esse avanço. Desse modo, foi visto que os trabalhos a campo tiveram uma evolução de 12,78 p.p. em relação à semana passada, totalizando 22,49% das áreas colhidas.
Entretanto, apesar da intensificação da colheita, os trabalhos seguem com atraso de 23,67 p.p. ante a safra passada, e ficam também 17,03 p.p. abaixo da média das últimas cinco safras. Já para as regiões, com os maiores destaques seguem a Nordeste com (24,26%) colhidos, Norte (27,59%), Médio-norte (27,39%).
Contudo, assim como era esperado, os rendimentos das lavouras colhidas começaram a apresentar menores queda, o que vem reafirmando a expectativa já projetada pelo mercado no estado.
Fonte: IMEA