A colheita do algodão para a safra 2020/21 terminou nesta semana em Mato Grosso. Os trabalhos a campo apresentaram atrasos em relação à safra passada em praticamente todo o período de progresso nas lavouras do estado.
No entanto, devido ao atraso na semeadura o mercado já esperava a postergação da colheita, principalmente nas áreas de segunda safra. Em relação ao rendimento semanal, os primeiros talhões — algodão safra — apresentaram produtividade acima das 300@/ha de algodão em caroço, porém, conforme os trabalhos a campo adentraram as áreas mais tardias — segunda safra, o rendimento foi apresentando gradativas reduções até o fim da colheita.
Por fim, no próximo mês, a maior parte dos fardos já estarão pesados e avaliados, o que facilitara o levantamento do real impacto das áreas tardias na produtividade final aguardada para o estado.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Nova queda: Com a maior oferta da pluma no mercado, o preço Imea apresentou queda de 1,39%, quando comparado à semana passada, cotado a R$ 170,62/@.
- Alta: Puxado pela demanda aquecida, o caroço de algodão registrou valorização de 1,53% ante a semana anterior, fechando com média semanal de R$ 1.684,95/t no estado.
- Valorização: Devido à baixa oferta no mercado, o preço do óleo de algodão apresentou alta de 4,00% ante a semana passada, precificado a R$ 6.036,92/t.
O custo com a produção do algodão em Mato Grosso aumentou mais uma vez.
O Custo Operacional Efetivo (COE) mensal para a safra 21/22 em ago.21 apresentou alta de 2,73% em relação ao mês de jul.21, ficando estimado em R$ 15.906,95/ha. Esse incremento na despesa foi reflexo da valorização nos preços dos fertilizantes e corretivos (+6,80%) e dos defensivos (+1,26%).
Diante da constante alta no custo, ao analisar o preço comercializado da pluma e o ponto de equilíbrio (COE-mensal/produtividade) durante toda a estimativa da safra, pode-se notar que nos últimos três meses a diferença entre os preços diminuiu. Isso é uma preocupação para o produtor que deixou para adquirir a maior parte dos seus insumos neste período e um risco ainda maior para aqueles que não aproveitou o melhor momento de negociação da sua produção.
Por fim, para os próximos meses, o produtor deve se atentar ainda mais aos custos, visto que a tendência é de aumento, devido à demanda aquecida pelos insumos neste período em MT.
Fonte: IMEA